Resumo
A partir de reflexões presentes na obra O Anti-Édipo, de Gilles Deleuze e Félix Guattari (2011), referentes à perenidade do complexo de Édipo na sociedade capitalista contemporânea e, especialmente, na literatura, enquanto signo da falta e da pulsão incestuosa, discute-se no presente artigo a autorrepressão do desejo no romance Marta (2013), de Medeiros e Albuquerque, exemplo privilegiado e único de um romance brasileiro inteiramente construído acerca da questão do incesto. Neste sentido, aponta-se para a íntima conexão existente entre a literatura e o pensamento deleuziano-guattariano, e para a reflexão simultânea que pode haver entre ambos.
Palavras-chave
Incesto; Deleuze e Guattari; literatura brasileira; Medeiros e Albuquerque