Resumo
Neste ensaio, discutirei o problema da representação do feminino nas artes do final do século XIX. Para tanto, partirei da leitura de Bram Dijkstra em Idols of Perversity (1986). Na sequência, refletirei sobre o modo como o imaginário do corpo feminino está associado ao encontro de Édipo e a Esfinge, monstro feminino que oferta enigmas e apresenta uma composição corporal tripartida. O estereótipo desse feminino demonizado, todavia, começa a ser repensado no mesmo século, tornando-se a própria figuração da esfinge um enigma a ser pesquisado. Minha análise para a leitura dessa alteração de sensibilidade nas artes no período centrar-se-á em três pinturas do artista alemão Franz Stuck para o tema da Esfinge. Para tanto, dialogarei com as reflexões de Connell, Edmunds, Paglia e Goex, além das de Dijkstra
Palavras-chave
Corpo feminino; pintura; literatura; esfinge