Esse artigo realiza uma análise do romance Bodily Harm (1981) (Dano Corporal) escrito por Margaret Atwood, a partir do estudo da ligação entre a corporealidade e a contextualidade. Em especial, observa-se a relação entre o contexto histórico e sociocultural no qual a identidade é formada e a maneira como a protagonista percebe o corpo e a si mesma. Além disso, aborda-se a viagem retrospectiva da protagonista como fundamento de uma desconstrução de seus valores, comportamento, relações sociais e desconfortos com o corpo, revelando as relações de poder e as causas sociais relacionadas à sua situação. O estudo centra-se na articulação literária e nos temas principais acerca dos problemas de ser mulher, na análise da relação entre o corpo biológico e o conceito cultural do corpo, e na crítica das representações sociais de mulheres.
Corpo feminino; corporealidade; contextualidade; Margaret Atwood; gênero