Resumo
Fundamentos:
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) representa o agravo de maior relevância, sendo um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares.
Objetivo:
Analisar tendências da taxa de mortalidade associada a doenças hipertensivas no Brasil, de 2010 a 2014, tanto para os estados quanto para as regiões.
Métodos:
Estudo epidemiológico a partir de dados agregados, obtidos em estratos populacionais. Dados cartográficos em "shapefile" do território brasileiro foram fornecidos pelo IBGE. Registros de mortalidade associada à hipertensão arterial obtidos no DATASUS, mediante notificações filtradas por categoria I.10 do Código Internacional das Doenças (CID-10). Adotou-se como critério de significância estatística o valor de p bicaudal < 0,05.
Resultado:
O aumento da idade se associou de maneira progressiva à elevação da média de óbitos relacionada a doenças hipertensivas entre os anos de 2010 e 2014. Nas faixas etárias entre 50-59 anos, 60-69 anos, 70-79 anos e 80 ou mais anos, a média e desvio da taxa de mortalidade padrão foram, respectivamente: 15,11% (35,35); 24,14% (55,34); 35,07% (81,03) e 57,87% (139,08). A taxa global de mortalidade nas regiões brasileiras, por 10.000 habitantes, variou entre as regiões: norte (1,25); nordeste (2,69); centro-oeste (2,06); sudeste (2,48) e sul (2,04).
Conclusão:
A taxa de mortalidade associada a doenças hipertensivas foi superior nos estados do sudeste e nordeste do Brasil, e permaneceu estável entre 2010 e 2014. Incremento de idade e cor parda foram preditores de maior mortalidade
Palavra-chave:
Doenças Cardiovasculares / mortalidade; Hipertensão / epidemiologia; Hipertensão / etiologia; Etnia e Saúde; Acidente Vascular Cerebral; Estudos Epidemiológicos