Open-access Entrepreneurship and endogenous development: bibliometric study

inter Interações (Campo Grande) Interações (Campo Grande) 1518-7012 1984-042X Universidade Católica Dom Bosco Abstract: The endogenous character of development is an important instrument for building an environment capable of transforming a given geographical space. In this sense, local actors are living forces capable of creating situations conducive to the emergence of entrepreneurship. This research aims to characterize scientific production on entrepreneurship and its relationship with endogenous development. To achieve the goal of the research, a bibliometric research was carried out on the Scopus, EBSCO, and Web of Science databases, comprising an open period until 2019, resulting in 131 articles. The research was also characterized by a qualitative approach of an exploratory nature, with the objective of analyzing the discussions and possible relationships between entrepreneurship and endogenous development, using as a research technique the content analysis of the 20 most cited articles. The research base used quanttative principles with descriptive characteristics. The findings of the research did not confirm Lotka’s Law, that is, there is no evidence of elitism by authors. From the point of view of contributions, the inital research theses are confirmed, in which endogenous development is related to entrepreneurship. The findings show that entrepreneurship is an important instrument for the development of a region. 1 INTRODUÇÃO O empreendedorismo procura explicar como indivíduos ou grupos identificam e exploram oportunidades e, com isso, criam novos empreendimentos ou artefatos e valor para a sociedade (BRUYAT; JULIEN, 2001; SARASVATHY, 2008). Para atingir esses propósitos, empreendedores assumem riscos e enfrentam incertezas, superam obstáculos e são inovadores (BRUYAT; JULIEN, 2001). Muitas vezes, eles criam valor com poucos recursos (MOROZ; HINDLE, 2011) e sugerem novas combinações que podem promover mudança econômica e transformações no local (DONNER; FORT, 2018). O desenvolvimento de localidades, a partir de seus próprios recursos, consttui a abordagem do desenvolvimento endógeno. A teoria do crescimento endógeno apresenta, ao menos, duas contribuições importantes. A primeira refere-se à formação do conhecimento e do capital humano como respostas às oportunidades de mercado. A segunda é relativa ao investimento em conhecimento, que provavelmente resultará em spillovers para outros agentes da economia (BRAUNERHJELM et al., 2010). Dados da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE, 2006), relativos a estudo abrangendo o período entre 1981 e 2002, fornecem evidências de que os empreendedores contribuem para o crescimento e que sua importância aumentou a partir da década de 1990. Os resultados do referido estudo mostram o papel dos empreendedores no crescimento local e indicam que as políticas ao empreendedorismo são importantes para aumentar a difusão do conhecimento e promover o crescimento econômico (BRAUNERHJELM et al., 2010). Isso evidencia uma relação entre empreendedorismo e desenvolvimento endógeno. Compreender como essa relação tem sido discutda na literatura é importante para avançar na compreensão dos seus elementos determinantes. O estudo da OCDE avança na discussão da temática ao evidenciar a correlação entre empreendedorismo e o processo endógeno de desenvolvimento. Contudo, o período de análise do referido estudo encerra-se em 2002. Tendo em vista que transcorreram vinte anos após o estudo citado e que ele pode ter contribuído para estimular a produção científica no campo, este estudo procurou responder à questão: como se configura a produção científica entre desenvolvimento endógeno e empreendedorismo? Com isso, o objetivo desta pesquisa foi identificar e analisar a produção científica acerca dos temas desenvolvimento endógeno e empreendedorismo, a fim de verificar o interesse pela temática, como também apresentar o perfil da produção científica. Para cumprir esse objetivo, realizou-se uma pesquisa bibliométrica, que buscou evidenciar a evolução das publicações, bem como as tendências das pesquisas acerca da compreensão dos fenômenos do empreendedorismo e desenvolvimento endógeno como fenômenos associados. Este artgo está organizado em quatro seções. Após esta introdução, uma breve revisão de literatura visa fornecer a base teórica referencial à pesquisa. Na sequência, na metodologia, são detalhados os procedimentos seguidos para a bibliometria. Na terceira parte, desenvolvem-se a análise e interpretação dos dados, finalizando-se com as considerações finais. 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Desenvolvimento endógeno O desenvolvimento endógeno refere-se a processos impulsionados por forças internas (disponibilidade econômica e investimento) de empresas e sociedade local, um processo criativo de transformação dos indivíduos em determinada comunidade (HAYASHI;WALLS, 2019). Trata-se de forma de governança baseada na projeção e execução de políticas centradas a partir de acordos entre agentes públicos, privados, organizações não governamentais e agências internacionais (HASAN; NAHIDUZZAMAN; ALDOSARY, 2018). Esta governança procura valorizar potencialidades, preservar recursos naturais e almejar qualidade de vida da população (COLET; MOZZATO, 2018). Em outros termos, o processo dinâmico de transformação econômica da região deve buscar referência nas forças locais, iniciando um processo de transformação interna com base na proximidade entre os atores (PACHOUD; COY, 2018). Com isso, o desenvolvimento endógeno configura-se a partir da junção de forças, envolvendo os governos, em conjunto com empreendedores locais, que se reúnem em busca de elevação da compettividade, de melhoria de padrões de vida e emprego da sociedade como um todo. Para Hayashi e Walls (2019), o processo de desenvolvimento endógeno inicia-se com a mobilização dos agentes locais, com vistas a promover alterações culturais e histórico-ambientais, via incorporação de novos conhecimentos e tecnologias. Parte-se, assim, da conjunção entre proximidade geográfica e proximidade organizada (PACHOUD; COY, 2018), e os empreendedores ocupam papel importante (DONNER; FORT, 2018). No entanto, é relevante também o papel do governo e de outros atores externos (CRESCENZI; RODRÍGUEZ-POSE; STORPER, 2012; PARKER; DRESSEL, CHEVERS, ZEPPETELLA, 2018). Para essa lógica de proximidade gerar desenvolvimento, é preciso que haja cooperação, colaboração e confança entre os atores (COLET; MOZZATO, 2018; COSTA et al., 2018; PACHOUD; COY, 2018), na medida em que a cooperação entre empresas e atores locais assume papel relevante no processo de desenvolvimento (BECATTINI, 2017). Além disso, participação e liderança influenciam os diferentes níveis, de forma que o desenvolvimento endógeno pode resultar em sustentabilidade local (MALUNGA; HOLCOMBE, 2014). Parte das teorias endógenas do desenvolvimento compreende a concentração espacial e especialização regional de empresas, atribuindo vantagens comparativas a determinado espaço geográfico. Nesse sentido, o crescimento endógeno, fruto da especialização, transformaria o ambiente local por meio do potencial de desenvolvimento do território (SHARIFZADEGAN; MALEKPOURASL; STOUGH, 2017). Isso devido ao fato de que empresas aglomeradas, com vocações heterogêneas, costumam apresentar maior produtividade e alcance, dado que costumam otimizar custos de transporte e compartilhamento de conhecimento (BARQUERO, 2010; SHARIFZADEGAN; MALEKPOURASL; STOUGH, 2017). Para a abordagem neoendógena do desenvolvimento, a origem deste está no local, resultante de interações dinâmicas entre áreas locais e ambientes maiores. O desenvolvimento “neoendógeno” caracteriza-se, então, pela combinação de interações de diferentes atores, instituições e níveis de atuação locais, com vistas ao atendimento das demandas locais (GAO; LIU, 2020). A dinâmica local, bem como a interação entre os atores e as insttuições locais e regionais, é que pautam o desenvolvimento neoendógeno (BOSWORTH et al., 2016). Em síntese, os paradigmas recentes de desenvolvimento sugerem uma combinação entre aprendizagem, fexibilidade, conhecimento e redes cooperativas voltadas a suportar o dinamismo empreendedor como propulsor do desenvolvimento endógeno. Nessa vertente, novas combinações de ativos existentes possibilitam descortinar novos mercados, destinando ao empreendedor o papel central no processo de desenvolvimento (BECATTINI, 2017; RANGEL-PRECIADO et al., 2021). 2.2 Considerações sobre empreendedorismo A definição de empreendedorismo como campo científico resulta de um debate longo e ainda em construção. Uma das possibilidades para descrever o fenômeno é como um processo (MOROZ; HINDLE, 2011), que tem início com a descoberta, avaliação e exploração de oportunidades (SHANE; VENKATARAMAN, 2000) e que resulta em criação de valor. É importante salientar que a criação de valor pode resultar da combinação de poucos recursos ou recursos escassos (MACHADO, 2020; MOROZ; HINDLE, 2011) e pode contribuir para transformar a realidade local (KYRÖ, 2015). Nos vinte anos que sucederam a publicação de Shane e Venkataraman (2000), oportunidades tornaram-se constructos centrais na compreensão do fenômeno. Isso tanto do ponto de vista da origem delas em mercados preexistentes como também pela compreensão de que elas são formadas endogenamente, a partir de ações e acordos dos próprios empreendedores (ALVAREZ; BARNEY, 2020; SARASVATHY, 2008). Recentemente, McMullen, Brownell e Adams (2020) apresentaram uma nova abordagem, focada na agência empreendedora. Para esses autores, o empreendedorismo apresenta quatro dimensões, que eles descrevem como: a) unidade de análise (quem); b) foco do constructo e as características que definem alguém como mais ou menos empreendedor (o que); c) barreiras e determinantes da ação (por que); e d) agentes que apresentam elevados níveis de empreendedorismo (como). Quanto à unidade de análise, o empreendedorismo pode ser observado no nível individual ou macro (BAUMGARTNER; SCHULZ, SEIDL, 2013; JULIEN, 2019), sendo que a combinação de fatores individuais e macro tende a proporcionar certo dinamismo socioeconômico (GKARTZIOS; SCOTT, 2014). Isso resulta em mecanismos capazes de transformar o ambiente, promovendo mudanças que resultem, por vezes, em desenvolvimento endógeno (ALSOS; CARTER; LJUNGGREN, 2011). Contudo, Julien (2019) considera que a maioria dos estudos em empreendedorismo tem como foco a análise do fenômeno no nível individual, necessitando de estudos adicionais que possibilitem a compreensão do desenvolvimento endógeno resultante do empreendedorismo. 2.2.1 Empreendedorismo e desenvolvimento A relação entre desenvolvimento econômico e empreendedorismo é mencionada por diferentes autores (ACS et al., 2018; BAUMGARTNER; SCHULZ; SEIDL, 2013; MALECKI, 2018; SERGI et al., 2019). Ela resulta de mecanismos criativos locais derivados, entre outros aspectos, da ação empreendedora (BELITSKI; DESAI, 2016; BLOCK; FISCH, VAN PRAAG, 2017), que proporciona ambiente capaz de influenciar positivamente o desenvolvimento (BELITSKI; DESAI, 2016; SCHUMPETER, 2000). A atividade empreendedora consiste então em um componente no processo de crescimento econômico, sendo resultado, entre outros, do ambiente e da qualidade insttucional (BOSMA et al., 2018; HENREKSON; JOHANSSON, 2009). O ambiente ou o contexto podem dar origem a diferentes modalidades de empreendedorismo, como, por exemplo, o social, o corporativo, o internacional, entre outros (MCMULLEN; BROWNELL ADAMS, 2020). Estudos anteriores demonstraram que alguns aspectos associados ao empreendedorismo influenciam o desenvolvimento do local. Entre estes, destaca-se o papel do ambiente e de combinações políticas. O ambiente regional pode estimular ou desestimular o empreendedorismo e, consequentemente, o desenvolvimento (AJIDE; AJISAFE; OLOFIN, 2019; CONTENT; FRENKEN; JORDAAN, 2019). Ambientes que contam com políticas de empreendedorismo apresentam maior propensão ao desenvolvimento (AJIDE; AJISAFE, OLOFIN, 2019). Malecki (2018) salienta o papel importante de combinações políticas, as quais poderão, inclusive, influenciar a inovação no local. Outros aspectos mencionados por Julien (2019) consistem na cultura empreendedora e na educação da região. A inovação e o empreendedorismo configuram-se como complementos no fortalecimento à compettividade regional (BLOCK; FISCH; VAN PRAAG, 2017). O ambiente consttuído por empresários inovadores estimula a busca por recursos e oportunidades capazes de influenciar o desenvolvimento, caracterizando a dinâmica e o desenvolvimento endógeno (GRILLITSCH; SOTARAUTA, 2020). Em outros termos, empresários inovadores que interagem entre si consttuem um sistema de inovação capaz de estimular o contexto da região rumo ao desenvolvimento, a partir de arranjos insttucionais internos (HENNING; MCKELVEY, 2020). Em síntese, é a partir de iniciativas locais que o processo de desenvolvimento endógeno se inicia, observando a interação de forças e o fortalecimento insttucional, tendo o empreendedorismo como importante aliado (BARQUERO; RODRÍGUEZ-COHARD, 2016). O esforço cognitivo coletivo tende a focar as potencialidades locais, tornando o processo de desenvolvimento endógeno genuíno, a partir dos arranjos e conhecimentos internos em determinado espaço geográfico. Esse processo tende a fixar as empresas no local, tornando o ambiente fértil ao crescimento e desenvolvimento econômico (HÉRAUD, 2021). Convém salientar que o impacto do empreendedorismo no crescimento econômico pode variar consoante o estágio de desenvolvimento econômico dos países. Por exemplo, Stoica, Roman e Rusu (2020), analisando dados do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), identificaram que a atividade empreendedora inicial total nos países em transição foi inferior em comparação aos países europeus baseados na inovação. Para os autores, isso pode ser devido ao fato de que, nos países em transição, os efeitos positivos do empreendedorismo foram limitados pela sua presença significativa em atividades de baixa produtividade, como também em função de fatores macroeconômicos, como a elevada percentagem da economia paralela, a corrupção e a concorrência desleal. Contudo, estudos mostram que a permanência das empresas locais, bem como o ambiente organizacional, cultural, inovador, tecnológico e econômico, apresenta as bases para o desenvolvimento endógeno (BECATTINI, 2017; FISCHER; NIJKAMP, 2018). O arranjo resultante da interação entre empresas, insttuições públicas e privadas é capaz de produzir novas formas de produção e interação entre atores locais que caracterizam os meios para inovação e criam as bases para o desenvolvimento (BLOCK; FISCH; VAN PRAAG, 2017; HAYASHI; WALLS, 2019; HENNING; MCKELVEY, 2020; HÉRAUD, 2021). 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS O presente estudo caracteriza-se como pesquisa bibliométrica, baseado em análise de artgos publicados em torno dos temas empreendedorismo e desenvolvimento endógeno, de forma associada. Destacam-se, entre as normas que regem a pesquisa bibliométrica, as Leis de Bradford, especialmente a produtividade de periódicos, e a Lei de Lotka, com foco na produtividade científica de autores (GUEDES; BORSCHIVIER, 2005). A Lei de Lotka surgiu em 1926, com o objetivo de estudar a produtividade dos autores. Sua principal função é medir a produtividade, dado o comportamento padronizado nas publicações. Consttui-se de ferramenta estat체ica de distribuição de probabilidades discretas (CÂNDIDO et al., 2018). Esta pesquisa é voltada para a produção científica dos estudos sobre empreendedorismo e desenvolvimento endógeno. De modo sucinto, o empreendedorismo refere-se ao fenômeno que procura explicar a criação de empresas, de valor ou de artefatos, o que pode ocorrer a partir da identificação ou criação de oportunidades e de sua exploração, bem como de arranjos entre empreendedores (BRUYAT; JULIEN, 2001; SARASVATHY, 2008; SHANE; VENKATARAMAN, 2000). Por sua vez, o desenvolvimento endógeno é compreendido como o desenvolvimento resultante da combinação de interações de diferentes atores e insttuições locais, com vistas ao atendimento das demandas locais (BOSWORTH et al., 2016; GAO; LIU, 2020). A pesquisa bibliométrica foi realizada nas bases Scopus, EBSCO e Web of Science, em razão da abrangência de periódicos nessas bases. O período de busca teve início aberto até 2019. A pesquisa caracterizou-se também por um enfoque qualitativo de natureza exploratória, utilizando-se, como técnica de pesquisa, da análise de conteúdo de 20 artgos entre os mais citados, tendo como parâmetro cada uma das bases pesquisadas (BARDIN, 2016). Como critério de inclusão da pesquisa, foram selecionados artgos publicados nos idiomas Inglês e Português. Em relação à qualidade dos artgos, procurou-se selecionar artgos avaliados por pares, com maior número de citações, nas áreas de Administração, Economia, Negócios, Empreendedorismo e Desenvolvimento. Após a consulta às bases mencionadas, os dados foram importados utilizando o software Zotero. Depois da análise, os artgos foram exportados para o Microsoft Excel 2013, com objetivo de verificar se realmente se alinhavam à proposta do estudo e obedeciam aos critérios da Lei de Bradfort e de Lotka. Sinteticamente, os parâmetros de busca seguiram as seguintes etapas: Etapa 1 – Palavras-chave: entrepreneurship e endogenous development. Além dos termos, foram utilizados os operadores booleanos AND, OR e AND, combinados de diferentes formas, a fim de melhorar a busca. Os termos de busca foram: entrepren* AND endogen* AND developm*. Etapa 2 – A busca se deu nas bases: EBSCO, Web of Science e Scopus. O corte temporal inicial foi “aberto” e final até 2019. Língua: inglês e português. A pesquisa foi realizada entre os dias 10 e 15 de novembro de 2020. Após a busca, os artgos foram transportados para planilhas, por base de dados. Etapa 3 – A pesquisa na Web of Science (WOS) resultou em 316 artgos. Etapa 4 – A pesquisa na base EBSCO identificou 383 artgos. Etapa 5 – Na base Scopus, retornou um total de 306 artgos. Os dados podem ser observados na Tabela 1. Tabela 1 Bases de dados Base Filtro Forma de apresentação Termos Tipo Tempo Resultados Web of Science Geral Aberta entrepren* AND endogen* AND develop* Título, resumo, palavras-chave Aberto - 31 Dezembro 2019 316 EBSCO Geral Aberta entrepren* AND endogen* AND develop* Título, resumo, palavras-chave Aberto - 31 Dezembro 2019 383 Scopus Geral Aberta entrepren* AND endogen* AND develop* Título, resumo, palavras-chave Aberto - 31 Dezembro 2019 306 Total de artgos 1005 Artgos repetdos 148 Artgo não vinculados ao tema/não acadêmicos 696 Total de artgos válidos para análise 161 Fonte: Elaborado pelos autores. Etapa 6 – Análise qualitativa de 20 artgos entre os com maior número de citações, a fim de identificar o tipo de abordagem associada aos tópicos empreendedorismo e desenvolvimento endógeno. Como se observa na Tabela 1, inicialmente, foram excluídos 148 artgos repetdos. Restaram 857 artgos. Estes tiveram os ttulos lidos por pelo menos dois pesquisadores. Foram excluídos 696 artgos que não tinham nos ttulos os termos empreendedorismo ou desenvolvimento endógeno ou termos que indicassem elementos associados à relação entre os dois fenômenos. No caso de existência de alguma dúvida, procedeu-se à leitura dos resumos. No final, restaram 161 artgos. Estes foram submetdos à leitura dos resumos por, pelo menos, dois pesquisadores, sendo então excluídos 30 artgos que tinham foco em aspectos econômicos não associados ao empreendedorismo, como, por exemplo, crescimento econômico, infação e ações monetárias. Além disso, foram excluídos artgos com foco na adoção de tecnologias em pequena escala, interesse público em forestas, foco em balanço social e em intenções empreendedoras por estudantes. A análise quanttativa foi então realizada com os 131 artgos remanescentes. Adicionalmente, foi realizada uma revisão tradicional da literatura (KRAUS; BREIER; DASÍ-RODRÍGUEZ, 2020) de 20 artgos entre os mais citados nas diferentes bases de dados consultadas. Esses artgos foram lidos na íntegra e foi realizada uma análise de conteúdo (BARDIN, 2016), a partir de dois códigos previamente definidos: foco do estudo e contribuições. 4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS Procedeu-se a análise quanttativa dos 131 artgos, catalogando-os por ttulo, autores, ano de publicação, fliação dos autores e revista de publicação. A partir dessa avaliação, foi realizada a tabulação de distribuição da produção científica por Journal, como se observa na Tabela 2. Tabela 2 Distribuição da produção por revista Ordem Journal ISSN Número de artgos % Fator Qualis Fator de impacto 1 Small Business Economics 1573-0913 15 11,45 A1 4.803 2 Sustainability 2071-1050 12 9,16 B1 2.576 3 Entrepreneurship & Regional Development 0898-5626 4 3,05 * 2.885 4 Cambridge Journal of Regions, Economy and Society 1752-1378 2 1,53 B4 6.160 5 CIRIEC-Espana Revista de Economia Pública, Social y Cooperativa 0213-8093 2 1,53 B2 * 6 Entrepreneurship Theory and Practice 1042-2587 2 1,53 A1 6.193 7 Mediterranean Journal of Social Sciences 2039-9340 2 1,53 B4 * 8 Open Edition Journals 2294-9135 2 1,53 * * 9 Journals com 1 artgo cada 90 68,70 - - TO TA L 131 100,00 * Não encontrado Fonte: Dados da pesquisa, em 2020. A Tabela 2 apresenta os periódicos que mais publicaram de acordo com os dados da pesquisa. Destaca-se que 68,7% das publicações ocorreram em apenas um artgo por journal. Contudo, o Journal Small Business Economics, periódico com Qualis A1 e Fator de Impacto de 4.803, apresentou 15 publicações, representando 11,45% do total. Em segundo lugar, o Journal Sustainability, periódico Qualis B1 e Fator de Impacto 2.276, com 12 artgos publicados, representando 9,16% do total das publicações vinculadas à pesquisa. O Journal Small Business Economics caracteriza-se pela ênfase em assuntos de empreendedorismo e economia, com enfoque multdisciplinar, o que pode explicar o resultado obtdo. Por sua vez, o Journal Sustainability caracteriza-se pela multdisciplinaridade, com foco na sustentabilidade ambiental, cultural, social e econômica. O desenvolvimento sustentável e suas múltiplas faces são tema constante nas publicações desse journal. Em terceiro lugar, entre os periódicos mais citados na pesquisa, o Journal Entrepreneurship & Regional Development foca o empreendedorismo e desenvolvimento regional, alinhando-se aos propósitos desta pesquisa. Por fm, vale salientar que os journals Small Business Economics, Entrepreneurship & Regional Development e Entrepreneurship Theory and Practice constam entre os 40 journals mais importantes na pesquisa em empreendedorismo, conforme salientam Kraus, Breier e Dasí-Rodríguez (2020). Além disso, os dados da pesquisa revelaram, como pode ser observado na Tabela 3 e no Gráfico 1, que 62,6% dos artgos foram produzidos por dois ou três autores, ao passo que 20,61% dos artgos foram produzidos por apenas um autor. Tabela 3 Quantdade de autores por artgo Quantdade de autores por artgos Número % 1 27 20,61% 2 47 35,88% 3 35 26,72% 4 18 13,74% 5 3 2,29% 6 1 0,76% TOTAL 131 100% Fonte: Dados da pesquisa, 2020. Gráfico 1 Produtividade dos autores Fonte: Dados da pesquisa, 2020. Os dados apresentados na Tabela 3 demonstram que a produção ocorreu em redes de autores, mais do que em apenas um autor. Isso evidencia um interesse mais amplo por parte da comunidade científica como um todo no tema, embora 20% da produção tenha sido localizada em apenas um autor. O Quadro 1 apresenta os pressupostos de produtividade, no qual se pode observar que 93,73% dos autores produziram apenas um artgo, o que demonstra conformidade com a Lei de Lotka. Para essa lei, segundo Chung et al. (1992), o número de autores com um único trabalho publicado deveria ser, pelo menos, 60,8% do total. A respeito da produção média por autor, os resultados da pesquisa não atendem à conformidade com os pressupostos teóricos, pois 43 artgos foram publicados por 59 autores, ou seja, 1/3 da literatura pesquisada não foi produzida por 1/10 dos autores, o que mostra não haver indícios de relativo elitismo de autores nesse campo, uma vez que 103 autores são os responsáveis por 50% das publicações. Quadro 1 Pressupostos de produtividade Pressuposto Teórico Empírico Conformidade 1/3 da literatura é produzido por 1/10 dos autores 43 artgos (131/3) produzidos por até 28 autores (287/10) 43 artgos foram produzidos por 59 autores Não Produção média por autor; 60% dos autores produzem um único documento 172 autores (287*60/100) produzem único artgo 269 autores (93,73%) produziram único artgo Sim Elitismo de autores (Raiz quadrada de 287 = 16 autores) 50% das publicações = 65 artgos São necessários 103 autores para atingir 50% das publicações Não Fonte: Dados da pesquisa, 2020. Como não há elitismo de autores, nota-se a necessidade em consolidar pesquisas acadêmicas alusivas ao tema. Os dados coletados demonstram, como se percebe na Tabela 4, a diferença entre os autores que produziram apenas um trabalho (93,73%), os que produziram dois, três ou quatro trabalhos (6,27%). Tabela 4 Produtividade por autor Artgos por Autor (n) Número de autores absoluto % do número de autores absoluto 1 269 93,73% 2 11 3,83% 3 5 1,74% 4 2 0,70% Total 287 100% Fonte: Dados da pesquisa, 2020. Observa-se no Gráfico 1 que a queda do traçado em relação ao número de artgos por autor é vertginosa, as caudas das três distribuições são alongadas, formando uma distribuição da típica forma do J inverso. Quanto à produção por país, os Estados Unidos da América (EUA) foram os que mais produziram sobre as temáticas em conjunto, com 21,7% do total, seguidos pelo Reino Unido, com 19,3%, e Espanha, com 14,5%. As demais produções estão distribuídas entre vários países, como Holanda (8,4%), Bélgica (6,0%), China (6,0%), Polônia (6,0%), Suíça (6,0%) e Alemanha (4,8%), assim como outros com menores percentuais. Em relação à distribuição das publicações por país, verifica-se que os Estados Unidos, o Reino Unido e a Espanha são responsáveis por 55,5% das publicações. A China ficou com 6% (5) das publicações. O Brasil ficou com apenas três publicações, ou 2,2% do total. Esses valores expressam a concentração de pesquisa e produção de conhecimento em três países. Em síntese, a análise quanttativa da produção científica sobre os temas de estudo demonstrou que pesquisas adicionais são necessárias. Um total aproximado de 25% da produção está concentrada em três journals: Small Business Economics; Sustainability e Entrepreneurship & Regional Development. Nesse sentido, os resultados apontam a necessidade de ampliar o número de revistas científicas que discutam os temas em conjunto. Observou-se também a ausência de elitismo entre autores e que aproximadamente 94% da produção científica refere-se a um artgo por autor. Além disso, a maioria das pesquisas concentrou-se nos Estados Unidos e na Europa, evidenciando a necessidade de ampliar estudos em outros contextos. 4.1 Análise qualitativa Na sequência, apresenta-se o resultado da análise qualitativa que foi realizada com 20 artgos entre os mais citados. O Quadro 2 apresenta uma síntese, em ordem cronológica, dessas publicações. Quadro 2 Foco e contribuição dos artgos analisados Autores Ano Foco da Pesquisa Contribuições GROSSMAN, G. M. 1984 O estudo buscou explorar um modelo formal e algumas das implicações da “abertura econômica”, para uma economia em que os mercados domésticos para compartilhamento de risco estão ausentes. A análise do livre comércio e o investimento estrangeiro pode ser prejudicial para países menos desenvolvidos, porque a competção internacional inibe a formação de um empreendedor local. MAILLAT, D. 1998 O estudo aponta o objetivo principal da política regional e seus meios na redução das diferenças regionais. Analisa o crescimento econômico em quatro tempos: anos 1970 - política de distribuição; anos 1980 - sistemas de produção territoriais e geração de recursos territoriais, foco endógeno; anos 1990 - combinação entre forças endógenas e exógenas; e, quarto, estimulo às cidades de médio porte às manifestações externas de acessibilidade e variedade de geração de riquezas. As políticas regionais de quarta geração devem encontrar formas de vincular o desenvolvimento do sistema urbano às exigências do sistema de produção territorial por meio de locais de interação e externalidades de proximidade, variedade e acessibilidade. Assim, as cidades médias podem sobreviver ao fenômeno da metropolização. HELLWIG, M.; IRMEN, A. 2001 Os autores desenvolvem um modelo de crescimento endógeno em uma economia de mercado. Destacam a mudança de técnica a partir das ações intencionais dos empreendedores procurando lucros. O estudo contrapõe-se à visão generalizada de que a mudança endógena só é possível com empresas inovadoras produtoras de monopólios ou oligopólios. No modelo estudado, o crescimento econômico ocorre por meio do estimulo à criação de empresas. Verificou-se que a mão de obra como um insumo em atividade inovadora implica o crescimento das empresas. Isso sugere que pode haver uma relação sistemática entre tecnologias de inovação e o desenvolvimento da distribuição de unidades de produção e empresas no processo de crescimento. WALCOTT, S. M. 2007 O artgo analisa o case de Wenzhou, na China, onde se verifica um exemplo de desenvolvimento empreendedor autônomo e de baixo para cima com sucesso. Atores locais estão desenvolvendo um novo modelo de financiamento, que integra os três períodos anteriores de experimentação econômica. Este artgo descreve o Modelo Wenzhou, comparando ao verificado com o Modelo da Terceira Itália. As chaves para o sucesso estão nas redes sociais locais baseadas em confança, enfoque sobre setores de nicho, orientação de exportação sensível ao mercado e investimentos utilizando capital endógeno. A inovação local e o enfoque dos empresários locais sobre mercados globais, abrangendo a participação de camponeses locais e trabalhadores, detêm intrigante promessa para um modelo geral “de baixo para cima” e cada vez mais autodirecionado. Tanto Emilia-Romagna quanto Wenzhou olham para fora para vender produtos, utilizando a fundação interna de um distrito industrial local. É provavelmente uma combinação de tempo, liderança e proximidade com elementos bemsucedidos, como migrantes remetendo capital e conceitos. NABI, M. S.; SULIMAN, M. O. 2009 O artgo desenvolve um modelo de crescimento endógeno em que o ambiente insttucional é capturado por meio de dois indicadores: eficiência do sistema judiciário e facilidade do comércio informal. Mostra que uma melhoria no ambiente insttucional intensifica a direção de causalidade do crescimento bancário para o crescimento econômico, por meio de uma redução na inadimplência, e reduz o spread da taxa de juros. A primeira causalidade, que vai do desenvolvimento bancário ao crescimento econômico, é mais intensa em países com ambiente insttucional mais desenvolvido. A segunda causalidade vai do crescimento econômico ao bancário e indica que uma economia mais desenvolvida tem um sistema bancário mais desenvolvido. Cada empreendedor é dotado de um projeto de investimento de um período que está sujeito a choques idiossincráticos de produtividade. No caso de inadimplência, o empreendedor não tem escolha a não ser vender informalmente a parte não realizada de sua produção. Quanto mais insttucionalmente desenvolvida é uma economia, maior é o custo do comércio informal. Este modelo permite analisar como o ambiente insttucional afeta o equilíbrio da economia em cada período e seu caminho de desenvolvimento. Uma melhora no ambiente insttucional reduz a proporção de empreendedores inadimplentes e melhora o efeito positivo do banco sobre o crescimento econômico. A taxa de juros é endogenamente determinada e diminui com a qualidade do ambiente insttucional. ETZKOWITZ, H.; DZISAH, J. 2008 Os autores propõem um repensar do desenvolvimento socioeconômico, baseado no conhecimento; de exógeno para endógeno; de liderado pelo Estado para liderado pela universidade; e de um único ou duplo esforço insttucional para a interação hélice tripla. O modelo da hélice tripla procura criar desenvolvimento alicerçado em universidades robustas, indústrias e esferas governamentais, bem como melhoria das capacidades de interação por meio da capacidade dos indivíduos de circular de uma esfera para outra. Isso pode ocorrer mediante a aplicação de planos de ação estratégicos e pode ser aplicado ao desenvolvimento de regiões e países. BRAUNERHJELM; ACS; AUDRETSCH; CARLSSON 2010 Inicialmente, os autores destacam que o investimento em capital humano e em conhecimento gera desenvolvimento econômico, por meio da propagação do conhecimento. No entanto, o crescimento endógeno não explica como o conhecimento se propaga. Os autores consideram que o empreendedorismo é um fator que falta no modelo endógeno de explicação do desenvolvimento. Utilizando dados da OCDE, os autores fizeram um modelo de regressão, abrangendo o período de 1982 a 2001. Os resultados da pesquisa demonstraram que os empreendedores foram importantes no desenvolvimento endógeno a partir dos anos 1990, sendo que a partir desse período a contribuição deles foi crescente para o desenvolvimento econômico dos países que eles analisaram. Os autores salientam, assim, a importância de políticas para o empreendedorismo e a difusão do conhecimento. DEJARDIN, M. 2011 O autor analisa a dinâmica de crescimento de uma determinada região belga, focando o efeito agregado. Utiliza o indicador da taxa líquida de entrada de empresas no mercado. Utiliza dados em painel. O estudo demonstrou que existe algum impacto positivo da taxa líquida de empreendimentos (diferença entre as que entram e as que saem do mercado) no crescimento econômico regional, no setor dos serviços. HESSELS, J.; VAN STEL, A. 2011 O estudo investiga a relação entre novos empreendimentos e taxa de crescimento econômico, ao mesmo tempo em que contabiliza a orientação à exportação dos novos empreendimentos. A criação de novos empreendimentos, bem como atividade de exportação, é estratégia importante para alcançar o crescimento econômico. Os resultados sugerem relação positiva entre a atividade empreendedora e o crescimento macroeconômico. Subsequentemente, há um efeito positivo adicional do empreendedorismo de fase inicial orientado à exportação. O crescimento tecnológico endógeno é observado a partir do avanço de ações individuais de agentes com novos conhecimentos. O empreendedorismo desempenha um papel importante na transmissão de conhecimento e, consequentemente, é um elemento crucial no processo de crescimento econômico, devendo ser adicionado a modelos explicativos de crescimento econômico. BAUMGARTNER, D.; SCHULZ, T.; SEIDL, I. 2013 O estudo foca políticas de desenvolvimento regional e rural na Europa, que enfatizam cada vez mais o empreendedorismo, para mobilizar o potencial econômico endógeno. Os autores analisaram dados de série temporal. Os resultados sugerem uma relação geralmente positiva entre empreendedorismo e desenvolvimento local. Municípios rurais com maior potencial empreendedor apresentaram maiores receitas fiscais empresariais per capita. O impacto geral do empreendedorismo no desempenho econômico local é pequeno – pelo menos para o curto e médio prazo. ACS, Z. J.; AUDRETSCH, D. B.; LEHMANN, E. E. 2013 Os autores salientam o papel do contexto para o empreendedorismo. Um contexto rico em conhecimento favorece oportunidades empresariais. Além disso, favorece um efeito spillover, principalmente por meio da criação de spin-ofis. O empreendedor oferece atividades inovadoras e contribui para reforçar o desempenho econômico. A teoria spillover aplicada ao empreendedorismo reúne teorias contemporâneas e pensamentos de empreendedorismo com teorias prevalecentes de crescimento econômico, geografia e estratégia; portanto, explica não apenas por que algumas pessoas escolhem se tornar um empreendedor, mas também por que isso é importante para a economia e para a sociedade. HUGGINS, R.; THOMPSON, P. 2015 Baseando-se em aspectos da teoria do crescimento endógeno e da teoria do empreendedorismo pelo transbordamento de conhecimento, os autores propõem que a natureza das redes de empresas é fator-chave dos diferenciais de crescimento regional. Em particular, o capital de rede, na forma de investimentos em relações estratégicas para ter acesso ao conhecimento, é considerado para mediar a relação entre empreendedorismo e crescimento regional baseado em inovação. A dinâmica da rede deve ser incorporada ainda em teorias sobre o link entre repercussão do conhecimento, empreendedorismo e crescimento econômico regional. As taxas regionais de inovação são relativamente altas em regiões onde as empresas empreendedoras são capazes de estabelecer redes, facilitando o acesso a um conjunto de conhecimento de alta qualidade. Em regiões com taxas de inovação em atraso, empresas empreendedoras provavelmente enfrentarão barreiras para acessar esse conhecimento, especialmente por meio de redes dentro de sua própria região. De forma geral, em todas as regiões há alguma forma de intervenção no sentido de garantr o suporte necessário para ajudar as empresas a desenvolver sua capacidade de estabelecer redes eficazes. BADZINSKA, E. 2016 A autora apresenta um estudo de caso de uma empresa de tecnologia, uma startup. O objetivo do estudo é apresentar uma discussão acerca de empresas born global. O foco reside na multidimensionalidade do fenômeno. Os resultados mostraram que a empresa identifica oportunidades globais em desenvolvimento de tecnologias e explora essas oportunidades por meio de uma comercialização bem-sucedida de seus produtos, que rapidamente mudam o ambiente global de negócios. O estudo enfatiza o papel das empresas tecnológicas, bem como das empresas born global. Ao estudar o caso de uma empresa da Polônia, uma born global, a autora destaca o papel do contexto, especificamente do ecossistema empreendedor para apoiar empresas desse tipo, o que fortalece a empresa e o local. BERNARDINO, S.; SANTOS, J. 2017 O artgo tem como objeto de estudo uma organização social localizada no norte de Portugal. O objetivo é compreender como uma organização social inovadora contribui para o desenvolvimento do local. Trata-se de uma cooperativa na área de agricultura. O paradigma teórico é a inovação social e os modelos de inovação, destacando os modelos de Marshall, a concepção de Milieu, de sistemas regionais de inovação e de regiões que aprendem. Ao estudar o caso, os autores destacam os fatores endógenos tangíveis e intangíveis. AGHION, P. 2017 O artgo refere-se à transcrição de uma palestra que resgata a contribuição intelectual neo-schumpeteriana, discutindo a teoria do crescimento econômico. O autor salienta que esta teoria considera que: a) o crescimento é gerado por empresários inovadores; b) os investimentos empreendedores são moldados por políticas e insttuições econômicas; c) novas inovações substtuem as tecnologias antigas. O crescimento envolve a destruição criativa. Como contribuições, o autor destaca que o paradigma schumpeteriano distingue-se de outros modelos de crescimento. Ele pode ser pensado como uma estratégia para políticas de crescimento econômico, lutando contra a desigualdade de renda e a estagnação. O autor defende o modelo de crescimento econômico baseado na inovação, mas destaca a necessidade de se observar um crescimento inclusivo. BARRAGÁN, M. C.; AYAVIRI, V. D. 2017 O objetivo da pesquisa foi analisar empiricamente a relação entre inovação, empreendedorismo e desenvolvimento local de Salinas de Guaranda, Provincia de Bolívar, Equador. Os achados mostram que o empreendedorismo contribui significativamente para o desenvolvimento local. Aspectos como organização comunitária, economia solidária, liderança e cultura empreendedora são os principais fatores para o sucesso do empreendedorismo, segundo dados da pesquisa. Por fm, o empreendedorismo tem contribuído para o desenvolvimento local por meio da geração de emprego para melhorar o nível de vida populacional, com base na equidade, participação da comunidade e economia solidária. A pesquisa mostra que a ação empreendedora contribui significativamente para o desenvolvimento local de Salinas de Guaranda, por meio da criação de fontes de emprego que gerem renda para alcançar um melhor padrão de vida da população local. A inovação não é considerada um fator que tenha contribuído para o desenvolvimento local, uma vez que apenas uma porcentagem muito pequena da população a considera importante. Os aspectos de organização comunitária, economia solidária, liderança e cultura empresarial são considerados fatores-chave de sucesso nos empreendimentos. ERKEN, H.; DONSELAAR, P.; THURIK, R. 2018 Estudo realizado com dados de produtividade de 20 países, com informações da OCDE, abrangendo o período de 1969-2010, utilizando a taxa de atividade empreendedora (número de empreendedores em relação à população) e efeitos no PIB per capita dos países. Os autores utilizam um modelo econométrico para verificar a relação entre as variáveis. Analisam o papel do empreendedorismo e da pesquisa e o desenvolvimento em 20 países. Concluem que a taxa de atividade empreendedora mostrou relação com o PIB per capita. Eles salientam que o efeito é no longo prazo. PERALTA, J. D. 2019 A associação entre desenvolvimento e empreendedorismo tem sido abordada em muitos trabalhos como uma relação unidirecional, quer se tente explicar o desenvolvimento a partir do empreendedorismo ou viceversa. Este estudo busca avaliar o vínculo entre o desenvolvimento de determinadas regiões colombianas e seu grau de empreendedorismo como relação endógena ou retroativa. O PIB per capita e o volume de emprego são tomados como indicadores do nível de desenvolvimento regional, enquanto a taxa de empregadores e trabalhadores por conta própria, com alto nível de capital humano, é usada como índice de empreendedorismo. Há evidências de uma relação endógena e positiva entre o desenvolvimento e empreendedorismo; o empreendedorismo afeta positivamente o desenvolvimento regional e, por sua vez, o nível de desenvolvimento regional afeta positivamente o empreendedorismo. O empreendedorismo consttui um componente fundamental no planejamento do desenvolvimento regional. Aumentar a quota do trabalho por conta própria, associada às categorias ocupacionais de empregadores com elevado nível de escolaridade, é uma estratégia que permite gerar uma dinâmica de feedback positivo com a atividade econômica. Os resultados sugerem que, além das fontes tradicionais de desenvolvimento consideradas neste exercício, como capital humano, gastos fiscais ou aspectos de localização geográfica, o empreendedorismo consttui um componente fundamental no planejamento do desenvolvimento regional. CHOWDHURY, F; AUDRETSCH, D. B; BELITSKI, M. 2019 Estudo realizado com dados de 50 países, abrangendo o período de 2005 a 2015, a fim de avaliar insttuições formais e informais (disponibilidade de capital de risco, ambiente regulatório de negócios, cognição empreendedora, capital humano, corrupção, participação do governo na economia, suporte governamental e regulação do capital), a qualidade e a quantidade de empreendedorismo entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Os autores abordam os diferentes tipos de empreendedorismo e trazem autores que defendem empresas que representam potencial de crescimento. Além disso, apresentam uma abordagem ampla sobre o papel de insttuições no apoio ao empreendedorismo. Por meio do teste de hipóteses, eles constataram que a disponibilidade de capital de risco, de capital empreendedor e o efeito de medidas regulatórias (exceto as relacionadas ao trabalho) mostraram efeitos positivos sobre níveis de empreendedorismo. A corrupção mostrou-se fator inibidor para novas empresas em países em desenvolvimento. Finalmente, o suporte do governo e programas governamentais mostraram efeitos positivos sobre os índices de empreendedorismo. RICO, P.; CABRER-BORRÁS, B. 2019 O empreendedorismo e a criação de novas empresas têm efeito positivo sobre a eficiência produtiva e podem explicar as diferenças no crescimento econômico de determinadas regiões. Os autores utilizaram dados da taxa de atividade empreendedora do GEM e avaliaram o efeito sobre o estoque de capital humano e a promoção da inovação como catalisadores para a eficiência produtiva das regiões. Os resultados mostram que não basta gerar novas empresas para impulsionar o crescimento econômico; essas empresas também devem ser orientadas para setores que promovem a inovação tecnológica e com o objetivo de atingir um tamanho adequado. A promoção do empreendedorismo também pode ser importante na redução de diferenças regionais, mas os resultados serão mais eficazes quando o volume de inovação e conhecimento incorporado em novos negócios for maior. Para os autores, regiões com uma rede de negócios não propícia ao aumento da produtividade econômica devem compensar isso com maior incentivo à inovação e à educação. Fonte: Elaborado pelos autores, 2020. A análise dos artgos, apresentada no Quadro 2, demonstra um perfil da produção científica no campo. Inicialmente, quanto ao uso de metodologias, foram identificados três tipos de estudos: estudos de casos, estudos com dados secundários (GEM e OECD) e ensaios teóricos. No tocante à evolução dos estudos, observa-se que a associação entre os temas empreendedorismo e desenvolvimento endógeno ganha contornos a partir dos anos 2000, corroborando a ideia desenvolvimentista aliada ao desenvolvimento tecnológico. Desta forma, o estudo de Hellwig e Irmen (2001) é um dos primeiros a salientar a inovação, enquanto a importância das redes de atores é observada no estudo de Huggins e Thompson (2015). Nos anos subsequentes, observa-se que estudos reforçam a importância de redes sociais, bem como da liderança no desenvolvimento local, como foram os estudos de Walcot (2007), na China, e de Huggins e Thompson (2015). Especificamente no estudo de Walcot (2007), emerge a discussão sobre o modelo de desenvolvimento “de baixo para cima”, evidenciando um modelo centrado na ideia de papel de agência dos empreendedores, em consonância com a ação empreendedora sugerida por McMullen, Brownell e Adams (2020). Outro fator apontado pelos estudos, na sequência, é sobre o ambiente insttucional e o papel das insttuições (NABI; SULIMAN, 2009). Entre estas, as universidades, conforme o modelo da hélice tripla, apresentado por Etizkowitiz e Dzisah (2008). Por sua vez, Chowdhury, Audretsch e Belitski (2019) apontam a relevância de insttuições de apoio para promoção de empreendedorismo e desenvolvimento, e Braunerhjelm, Acs, Audretsch e Carlsson (2010) fazem menção ao papel importante de políticas públicas. Nota-se ainda que a relação entre empreendedorismo, desenvolvimento e conhecimento é abordada por diversos autores (ACS et al.,2013; HESSEL; VAN STEL, 2011; PERALTA, 2019; RICO; CABRER-BORRÁS, 2019). Por exemplo, Acs et al. (2013) salientam o efeito spillover do empreendedorismo tecnológico e inovador nos territórios, com efeito propagador e transbordante. Rico e Cabrer-Borrás (2019) recomendam o incentivo à inovação e educação, especialmente em regiões menos favorecidas. Ademais, outros estudos demonstraram a existência de uma relação direta entre empreendedorismo e desenvolvimento local, por meio da análise de relação entre a taxa de atividade empreendedora e o PIB per capita (ERKEN; DONSELAAR; THURIK, 2018; PERALTA, 2019). Para Peralta (2019), níveis elevados de desenvolvimento estimulam o empreendedorismo, e este favorece o primeiro, gerando um ciclo desenvolvimentista. Exportações e internacionalização são fatores que constam em dois estudos (HESSEL; VAN STEL, 2011; BADZINSKA, 2016). Para Hessel e van Stel (2011), a vocação exportadora em empresas iniciantes mostrou-se relevante para o desenvolvimento endógeno. Considera-se importante destacar aqui a falta de consenso na literatura sobre o tipo de empreendedorismo que favoreceria, de fato, o desenvolvimento local. Shane (2009), por exemplo, defende que apenas empresas que são voltadas ao crescimento representam um tipo de empreendedorismo que pode gerar desenvolvimento endógeno. Em contrapartida, os estudos de Bernardino e Santos (2017) e Barragán e Ayaviri (2017) atestam a importância de uma organização social e da inovação social, bem como da economia solidária, respectivamente, para promoção de crescimento e empoderamento dos atores. Nesse sentido, o estudo de Aghion (2017) aponta a necessidade de pensar o paradigma schumpeteriano aliado a um crescimento inclusivo de desenvolvimento. Por fm, é importante frisar que a imigração é um tema que tem sido incluído nas agendas de territórios, como também na temática do empreendedorismo (por exemplo, Machado et al., 2021). Nesta pesquisa, apenas um artgo na base dos 131 artgos que compuseram o estudo abordou o tema, focando mulheres imigrantes: o estudo de Hopp e Martin (2017). Outra vertente de estudos que não foi identificada foi a de estudos críticos, que abordem, por exemplo, o comportamento de empreendedores que obtêm ganhos econômicos locais, mas não contribuem para a construção de territórios inclusivos. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS E PESQUISAS FUTURAS Este artigo teve por objetivo identificar e analisar a produção científica acerca dos temas desenvolvimento endógeno e sua relação com o empreendedorismo. A pesquisa bibliométrica evidenciou o perfil e a evolução das publicações, bem como as tendências das pesquisas sobre empreendedorismo e sua relação com o desenvolvimento endógeno. Os resultados apresentados originaram-se de pesquisas a partir das bases de dados da Scopus, EBSCO e Web of Science. Os achados da análise quanttativa permitram confirmar a Lei de Lotka, quanto à produção média dos autores, dado que o número de autores com um único trabalho publicado deveria ser de, pelo menos, 60,8% dos autores, e a produção de um único artgo foi de 93,73% dos autores. No entanto, quanto ao elitismo de autores, os achados não confirmaram a Lei de Lotka, ou seja, não há indícios de elitismo de autores, uma vez que a publicação de artgos é distribuída em uma quantidade maior de autores do que os pressupostos da Lei de Lotka. Esses aspectos demonstram a importância de estudos adicionais sobre as temáticas. A análise qualitativa apresentou um perfil de vinte artgos entre os mais citados no campo. Nesta análise, identificou-se que estudos associaram os temas a aspectos apontados anteriormente na literatura, como redes, inovação e cultura (AJIDE; AJISAFE; OLOFIN, 2019; BLOCK; FISCH; VAN PRAAG, 2017; JULIEN, 2019; MALECKI, 2018). Por outro lado, os achados desta pesquisa mostraram aspectos adicionais, como o papel de empresas nascentes exportadoras e de empresas born global para o desenvolvimento endógeno. Foi possível ainda identificar outra vertente de estudos com ênfase no desenvolvimento endógeno inclusivo, por meio de empreendedorismo social, inovação social e cooperativas. Com isso, os resultados deste estudo ampliam o espectro de possíveis variáveis conjugando ação empreendedora e desenvolvimento do local. Além disso, lacunas foram observadas, como escassez de estudos sobre imigrantes e sobre estudos críticos, apontando uma direção para estudos futuros. Quanto às limitações deste estudo, destaca-se a ausência de análise de redes de autores, que permitria mapear produções conjuntas. Como contribuição teórica, o estudo aponta a evolução das pesquisas com os dois temas conjuntamente e discorre sobre uma gama de fatores associados a desenvolvimento endógeno e empreendedorismo, por meio dos estudos analisados. Lacunas são sugeridas para estudiosos nos dois campos, notadamente sobre estudos críticos. REFERÊNCIAS ACS, Z. J.; AUDRETSCH, D. B.; LEHMANN, E. E. The knowledge spillover theory of entrepreneurship. Small Business Economics, Berlin, n. 41, p. 757–74, 2013. DOI: https://doi.org/10.1007/s11187-013-9505-9 ACS Z. J. AUDRETSCH D. B. LEHMANN E. E. The knowledge spillover theory of entrepreneurship Small Business Economics Berlin 41 757 774 2013 DOI: https://doi.org/10.1007/s11187-013-9505-9 ACS, Z. J.; ESTRIN, S.; MICKIEWICZ, T.; SZERB, L. Entrepreneurship, institutional economics, and economic growth: an ecosystem perspective. Small Business Economics, Berlin, v. 51, n. 2, p.501–14, 2018. DOI: https://doi.org/10.1007/s11187-018-0013-9 ACS Z. J. ESTRIN S. MICKIEWICZ T. SZERB L. Entrepreneurship, institutional economics, and economic growth: an ecosystem perspective Small Business Economics Berlin 51 2 501 514 2018 DOI: https://doi.org/10.1007/s11187-018-0013-9 AGHION, P. Entrepreneurship and growth: lessons from an intellectual journey. Small Business Economics, Berlin, v. 48, n. 01, p. 9–24, 2017. DOI: https://doi.org/10.1007/s11187-016-9812-z AGHION P. Entrepreneurship and growth: lessons from an intellectual journey Small Business Economics Berlin 48 01 9 24 2017 DOI: https://doi.org/10.1007/s11187-016-9812-z AJIDE, F. M.; AJISAFE, R. A.; OLOFIN, O. P. Capital controls, entrepreneurship and economic growth in selected developing countries. Asian Economic and Financial Review, Kuala Lumpur, [Scopus], v. 9, n. 2, p. 191–212, 2019 DOI: https://doi.org/10.18488/journal.aefr.2019.92.191.212 AJIDE F. M. AJISAFE R. A. OLOFIN O. P. Capital controls, entrepreneurship and economic growth in selected developing countries Asian Economic and Financial Review Kuala Lumpur, [Scopus] 9 2 191 212 2019 DOI: https://doi.org/10.18488/journal.aefr.2019.92.191.212 ALSOS, C. S.; LJUNGGREN, E. The Handbook of Research on Entrepreneurship in Agriculture and Rural Development. Cheltenham: Edward Elgar Publishing, 2011. ALSOS C. S. LJUNGGREN E. The Handbook of Research on Entrepreneurship in Agriculture and Rural Development Cheltenham Edward Elgar Publishing 2011 ALVAREZ, S.; BARNEY, J. B. Has the Concept of Opportunites Been Fruitul in the Field of Entrepreneurship? Academy of Management Perspectives, New York, v. 34, n. 3, p. 300–10, 2020. DOI: https://doi.org/10.5465/amp.2018.0014 ALVAREZ S. BARNEY J. B. Has the Concept of Opportunites Been Fruitul in the Field of Entrepreneurship? Academy of Management Perspectives New York 34 3 300 310 2020 DOI: https://doi.org/10.5465/amp.2018.0014 BADZINSKA, E. 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