Resumo
Na região Centro-Oeste, estão presentes o Cerrado e Pantanal, locais com diversidade de fauna e flora e alto potencial de exploração. Os frutos nativos têm sabores característicos, valor nutricional significativo e compostos de grande relevância biotecnológica. Alguns frutos nativos e produtos confeccionados são comercializados em feiras livres, nas margens das rodovias, nas centrais de abastecimento e em redes de supermercados. Assim, o presente trabalho teve como objetivo verificar o conhecimento e o perfil de consumo de frutos nativos do Cerrado e do Pantanal de Mato Grosso do Sul (MS) pela população. Este estudo foi do tipo exploratório, com delineamento amostral não probabilístico e amostragem por conveniência. Foi utilizado um questionário on-line com perguntas para caracterização da amostra, referentes ao conhecimento, à experiência, à forma de consumo e ao local de obtenção de 12 frutos nativos do Cerrado e Pantanal, sendo eles: pequi, bocaiuva, mangaba, cagaita, baru, murici, mama-cadela, buriti, araticum e guabiroba. Entre as 616 respostas válidas, a amostra, em sua maioria, foi composta por adultos (92,29%), do gênero feminino (79,06%), renda mensal de até 5 salários mínimos (74,72%), com ensino superior completo (45,94%), nascidos (42,53%) e residentes (53,90%) em MS. O fruto mais conhecido e mais experimentado foi o pequi, enquanto a mama-cadela foi o menos conhecido e experimentado. A principal forma de consumo citada foi “in natura”, e a principal forma de obtenção foi “Do próprio Cerrado/Pantanal”. Os participantes apresentaram conhecimento moderado e um baixo consumo dos frutos nativos do Cerrado e do Pantanal de MS. Assim, destaca-se a importância de valorizar práticas alimentares regionais como forma de fortalecer a cultura local e fomentar o consumo de frutos nativos, ampliando sua divulgação para a população.
Palavras-chave
consumo de alimentos; Cerrado; Pantanal; comportamento alimentar