Fatores associados à depressão: diferenças por sexo em moradores de comunidades quilombolas |
Revista Brasileira de Epidemiologia. |
Barroso, Melo e Guimarães (2015)BARROSO, S. M.; MELO, A. P.; GUIMARÃES, M. D. C. Fatores associados à depressão: diferenças por sexo em moradores de comunidades quilombolas. Revista Brasileira de Epidemiologia, São Paulo, v. 18, n. 2, p. 503-14, 2015.. |
Investigar os fatores associados à depressão para homens e mulheres. |
Estudo populacional, transversal, com 764 participantes. Instrumento de avaliação: escala Patient Health Questionnaire (PHQ-9). |
Para os homens, os fatores associados à depressão foram diagnósticos prévios de doença crônica, autoavaliação de saúde ruim/muito ruim e acesso ruim aos serviços de saúde. Para as mulheres, os fatores associados foram diagnósticos prévios de transtorno psiquiátrico, autoavaliação de saúde ruim/muito ruim, histórico de tabagismo e se autodeclarar como não negra. |
Os fatores associados à depressão diferem entre homens e mulheres e precisam ser considerados nas intervenções para combater a depressão nessa população. |
Depressão em comunidades quilombolas no Brasil: triagem e fatores associados |
Revista Panamericana de Salud Publica. |
Barroso, Melo e Guimarães (2014)BARROSO, S. M.; MELO, A. P.; GUIMARÃES, M. D. C. Depressão em comunidades quilombolas no Brasil: triagem e fatores associados. Revista Panamericana de Salud Pública, v. 35, n. 4, p. 256-63, 2014.. |
Estimar a prevalência e fatores associados à triagem positiva para episódio depressivo maior (EDM) em comunidades quilombolas do estado da Bahia, Brasil. |
Estudo populacional, transversal com 764 participantes. Instrumento de avaliação: escala Patient Health Questionnaire (PHQ-9). |
A triagem foi positiva para EDM em 12% dos participantes, mas apenas 2,3% das pessoas relataram diagnóstico prévio. A triagem para depressão associou-se à autoavaliação da saúde ruim ou muito ruim, doenças crônicas, sedentarismo e acesso razoável ou ruim aos serviços de saúde. |
A prevalência de EDM na população quilombola foi semelhante à da população geral brasileira. A relação entre triagem para EDM e pior acesso aos serviços de saúde indica perda de oportunidade de diagnóstico precoce. |
Reflexões sobre o uso de álcool entre jovens quilombolas |
Revista Psicologia & Sociedade. |
Silva e Menezes (2016a)SILVA, R. A.; MENEZES, J. A. Reflexões sobre o uso de álcool entre jovens quilombolas. Psicologia & Sociedade, Belo Horizonte, v. 28, n. 1, p. 84-93, 2016a. . |
Investigar os significados do uso de álcool entre os/as jovens de duas comunidades quilombolas. |
Estudo etnográfico com 20 jovens na faixa etária entre 18 e 24 anos. Instrumento: entrevistas semiestruturadas. |
Os resultados apontaram para a diversidade de tramas que os marcadores sociais de diferenciação engendram e os efeitos nas significações do uso de álcool. |
As poucas atividades de lazer, as relações de gênero, o preconceito sofrido por serem negros/as e/ou quilombolas são situações que, de modo interseccionado, repercutem no uso de álcool. |
Condições sanitárias e de saúde em Caiana dos Crioulos, uma comunidade Quilombola do Estado da Paraíba |
Saúde e Sociedade. |
Silva (2007)XAVIER, L. C. A visão da feminilidade sobre os cuidados em saúde dos quilombos contemporâneos. In: BATISTA, L. E.; WERNEK, J.; LOPES, F. (Org.). Saúde da população negra. Brasília, DF: ABPN - Associação Brasileira de Pesquisadores Negros, 2012. p. 204-21.. |
Apresentar as condições sanitárias e de saúde humana em uma comunidade remanescente de quilombos e efetuar um levantamento sobre o nível de conhecimento de algumas doenças prevalentes na população negra. |
Estudo transversal. Instrumentos: Sistema de Informações de Atenção Básica (SIAB); questionário individual, estruturado e entrevistas não estruturadas. |
Entre os problemas de saúde e agravos observados, destacam-se o consumo de álcool, a hipertensão e os problemas mentais. |
As pessoas têm apenas uma ideia aproximada desses problemas, mas desconhecem informações básicas a respeito de doenças e agravos prevalentes na população negra, como anemia falciforme e hipertensão. |
Autopercepção de saúde em quilombolas do norte de Minas Gerais, Brasil |
Ciência & Saúde Coletiva. |
Oliveira et al. (2015)OLIVEIRA, S. K. M. et al. Self-perceived health among ‘quilombolas’ in northern Minas Gerais, Brazil. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 20, n. 9, p. 2879-90, 2015.. |
Conhecer a autopercepção da saúde (APS) em comunidades quilombolas do Norte de Minas Gerais e os fatores associados à percepção negativa da própria saúde. |
Estudo transversal com 737 participantes. Instrumento: Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico (VIGITEL). |
A APS mostrou-se associada a dimensões demográficas, socioeconômicas e, especialmente, à morbidade autorreferida. |
O conceito de saúde estudado para as comunidades quilombolas parece estar intimamente ligado à ausência de doenças, especialmente as crônicas. |
Prevalência do consumo moderado e excessivo de álcool e fatores associados entre residentes de Comunidades Quilombolas de Vitória da Conquista, Bahia, Brasil |
Ciência & Saúde Coletiva. |
Cardoso, Melo e Cesar (2015)CARDOSO, L. G. V.; MELO, A. P. S.; CESAR, C. C. Prevalência do consumo moderado e excessivo de álcool e fatores associados entre residentes de Comunidades Quilombolas de Vitória da Conquista, Bahia, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 20, n. 3, p. 809-20, 2015.. |
Analisar o consumo de álcool entre residentes de comunidades quilombolas de Vitória da Conquista (BA), bem como os fatores associados. |
Estudo transversal envolvendo 750 indivíduos. Instrumento: versão adaptada do questionário da Pesquisa Nacional de Saúde. |
Observou-se o consumo entre 41,5% dos participantes, sendo 10,7% na categoria consumo excessivo e 30,8% na categoria consumo moderado. O consumo moderado estava relacionado inversamente com a idade, sendo mais frequente entre indivíduos brancos ou pardos, os mais escolarizados, aqueles em atividade laborativa e entre fumantes. |
Existem diferenças segundo as características sociodemográficas dos diversos perfis de consumidores de álcool, e essas diferenças devem ser consideradas na elaboração de propostas para promoção de hábitos saudáveis. |
Comunidades quilombolas de Vitória da Conquista, Bahia, Brasil: autoavaliação de saúde e fatores associados |
Caderno de Saúde Pública. |
Kochergin, Proietti e César (2014)KOCHERGIN, C. N.; PROIETTI, F. A.; CÉSAR, C. C. Slave-descendent communities in Vitória da Conquista, Bahia State, Brazil: self-rated health and associated factors. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 30, n. 7, p. 1487-501, 2014.. |
Analisar a prevalência da autoavaliação de saúde negativa e fatores associados na população quilombola de Vitória da Conquista, Bahia, Brasil. |
Estudo transversal com 797 adultos; os dados foram obtidos por meio da aplicação de questionários. |
A prevalência de autoavaliação negativa de saúde foi de 12,5%. Associação à autoavaliação de saúde: cor, escolaridade, consumo satisfatório de frutas e verduras, presença de doença crônica, limitações físicas, apoio social e ao menos uma consulta médica nos últimos 12 meses. |
A autoavaliação de saúde foi associada às dimensões: socioeconômica/demográfica, hábitos de vida, suporte social e situação de saúde. |
Os significados do uso de álcool entre jovens quilombolas |
Revista Latinoamericana de Ciencias Sociales, Niñez y Juventud. |
Silva e Menezes (2016b)SILVA, R. A.; MENEZES, J. A. Os significados do uso de álcool entre jovens quilombolas. Revista Latinoamericana de Ciencias Sociales, Niñez y Juventud, Manizales, Colombia, v. 14, n. 1, p. 493-504, 2016b.. |
Investigar os significados do uso de álcool entre os jovens de duas comunidades quilombolas, Castainho e Estivas, localizadas em Garanhuns/PE. |
Estudo transversal com homens e mulheres jovens, rurais, moradores de duas comunidades quilombolas. Instrumentos: observação participante e entrevistas semiestruturadas. |
Os jovens fazem uso de álcool em diferentes momentos e com diversas finalidades: para enfrentar situações difíceis, lidar com estados emocionais desagradáveis, divertir-se, socializar com os amigos, entre outras. |
Os efeitos dos marcadores sociais de gênero, classe e raça/etnia nas vivências dos jovens repercutem no uso de álcool e fica evidente a importância de considerar esses fatores nas práticas de prevenção e promoção de saúde em busca de contribuir para a qualidade de vida da juventude. |