Resumo:
O objetivo deste artigo é entender como os assentados e os sem-terra são representados pelos antigos moradores de um município da região estancieira do Rio Grande do Sul. A partir de uma abordagem etnográfica, atenta-se para a sociodinâmica da estigmatização. Com os resultados, verificou-se a transição de um primeiro momento, no qual se estabeleceu uma vinculação tensa e de oposição à política de assentamentos rurais, para um segundo, em que os antigos moradores alcançam uma posição mais amena e ambígua de relação e de qualificação das populações assentadas.
Palavras-chave:
reforma agrária; sem-terra; estigma; conflito; poder