Resumo:
Este artigo analisa a participação e a dialogicidade na gestão de organizações privadas, sem fins lucrativos e com objetivos socioeducacionais na área rural. De forma específica, examina a gestão da organização Casa Familiar Rural (CFR), localizada no município de Cametá (PA). Esta organização tem em seus princípios a gestão participativa de todos aqueles que a compõem, em particular a comunidade envolvida, seguindo a proposta da Pedagogia da Alternância. Teoricamente, a discussão está alicerçada no campo da gestão social. Metodologicamente, trata-se de um estudo qualitativo que levantou dados por via de análise documental, entrevistas semiestruturadas e grupos focais com membros da Casa. O artigo demonstra que a participação e o diálogo na gestão de casas familiares rurais ocorrem sob diferentes tipologias e formas. No caso específico da CFR de Cametá, constatou-se que a dialogicidade se vincula às tipologias ativa, passiva ou interativa de participação, que, por sua vez, interagem com diferentes formas, a depender de qual categoria o ator está envolvido e de que período histórico se está falando. Ao longo de sua histórica, a CFR Cametá tem participação conquistada, voluntária ou espontânea, por ganhos individuais, instrumental e afetiva.
Palavras-chave:
participação; dialogicidade; gestão social; Casa Familiar Rural