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Quem disse o quê a quem. Necessidade de uma nova teoria da comunicação

Resumo

O texto sistematiza marcos em estudos sobre a comunicação social e a informação jornalística nos últimos 25 anos, durante o deslocamento da transmissão (analógica) de dados para a produção (digital) de conteúdos transmidiáticos. O artigo traz à tona lacunas epistemológicas em um contexto em que a comunicação é privada e pública, difusa e armazenável, em que se alteram os esquemas tradicionais de medição, representação e controle social, com a conivência de novas e antigas hegemonias. O hipertexto contrasta com a mediação de massa, que é necessária, mas não o suficiente para compreender que qualquer um com acesso aos meios tecnológicos de produção, reprodução e distribuição da informação pode informar, comunicar. Explorar e descrever para classificar, raramente para teorizar, definir, fazer modelos, argumentar. A partir de onde? Até quando? É possível desenvolver teorias unificadoras da informação e comunicação, independentemente dos canais ou meios de comunicação e, mais, legitimá-las? Para uma nova teoria da comunicação, o texto propõe re-contextualizar as contribuições à teoria e ao método da informação e comunicação; sintetizar princípios universais e abordagens antropológicas; demarcar uma teoria das causas da comunicação como um processo social através de categoremas e gêneros heterológicos e do discurso; e definir os mega-conceitos das Ciências Humanas e Sociais, sobre os quais uma nova teoria social da mídia poderia ser construída.

Palavras chave
Teoria da comunicação; Epistemologia da comunicação; Linguagens; Mídia; Jornalismo

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