Tomando como base a pesquisa empírica realizada entre 2012 e 2013 (construída a partir da coleta, seleção e análise de matérias veiculadas na mídia impressa tradicional e material postado nas redes sociais, de observações de campo e entrevistas semiestruturadas realizadas com os atores sociais), busca-se avaliar em que medida o crescimento do Carnaval de rua na cidade do Rio de Janeiro, desde meados da primeira década do século 21, está em alguma medida relacionado (mas não de forma exclusiva) a um ativismo musical realizado nos espaços públicos desta localidade. A hipótese que norteia os argumentos aqui desenvolvidos é a de que há um consistente movimento musical de rua - que envolve não só redes de músicos amadores, semiamadores (e até profissionais), mas também produtores e fãs, os quais atuam em neofanfarras e rodas (de samba, choro e jazz) - que vem contribuindo de forma significativa para o crescimento expressivo do Carnaval de rua carioca nos últimos anos.
Comunicação; Cultura Urbana; Música; Carnaval; Rio de Janeiro