Resumo
Refletindo sobre as características que saturam os sujeitos deste tempo, este artigo procura questionar a autenticidade e a felicidade como imperativos culturais. Busca-se, ao mesmo tempo, perceber seu nexo com as práticas culturais e seus desdobramentos no processo de produção das subjetividades contemporâneas, tendo em vista como esses ideais se fazem presentes em meio à lógica da espetacularização. Para tanto, se perpassa muito brevemente pelos processos econômicos, socioculturais e políticos que foram o embasamento da subjetividade contemporânea; em seguida, define-se os conceitos de felicidade e autenticidade, estabelecendo, nesse percurso, porque e como se constituem em obrigações sociais. Finalmente, argumenta-se a espetacularização da vida como uma consequência de ditos imperativos culturais e da forma em que são conduzidos nas sociedades ocidentais pós-modernas.
Palavras-chave
Felicidade; Autenticidade; Subjetividade; Espetacularização; Práticas culturais contemporâneas