Resumo
Este artigo analisa como a mídia alternativa digital propõe novos modos de tratamento da informação para dar visibilidade a temáticas marginalizadas pela imprensa, negociando sentidos com meios hegemônicos e consumidores. A problemática é centrada no futebol de mulheres, assunto que historicamente recebia pouca atenção do jornalismo esportivo tradicional brasileiro, e tem como objeto o Dibradoras, projeto criado em 2015 por um grupo de mulheres com o objetivo de expor as desigualdades de gênero nos esportes. O corpus foi composto por 696 unidades publicadas pelo Dibradoras no Twitter, entre 7 de junho e 7 de julho de 2019, coincidindo com o início e o término da Copa do Mundo da França. Como resultados, é possível sugerir o fortalecimento de um canal de mídia alternativa que amplifica a voz das partícipes do espetáculo futebolístico e fomenta formas contra-hegemônicas de visibilidade para o futebol de mulheres.
Palavras-chave
Imprensa alternativa; Redes sociais; Gênero; Futebol de mulheres; Estudo de caso