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Fragmentos da memória de um professor de Jornalismo: perplexidades evidentes no tardio itinerário do anistiado político

Fragmentos de la memoria de un profesor de Periodismo: evidente perplejidad a finales del itinerario de la amnistía política

Resumo

Professor de Jornalismo na Universidade de São Paulo, José Marques de Melo foi acusado de praticar magistério "subversivo", durante a ditadura militar. Uma aula ministrada em 1968, sobre a técnica do lead, constituiu a peça chave do inquérito que invocou o Decreto-Lei 477, resultando em uma "cassação branca", muito embora tivesse sido inocentado por ato publicado no Diário Oficial, em 1972, fato que o motivou a requerer a anistia política a que tinha direito. Tramitando durante um quarto de século, o processo culminou com sentença favorável, em julho de 2015, motivando atitudes de perplexidade. Este texto, um misto de ensaio memorialístico e depoimentos - respaldados em pesquisa bibliográfica -, apresenta questões contextuais sobre o episódio, dando destaque, ainda, a manifestações feitas no Brasil e no exterior, a esse respeito, as quais associam os fatos a questões mais amplas relacionadas ao meio acadêmico e ao próprio campo comunicacional.

Palavras chave:
Memória; Ditadura; Jornalismo; Magistério; Campo comunicacional

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