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Pensando o jornalismo além da tecnologia

Pensando en el periodismo más allá de la tecnología


Michael Schudson no Seminário Internacional da Compós, em 2011

Nascido em 1946, Michael Schudson figura entre os nomes mais referenciados no campo de estudos do jornalismo desde a publicação de Discovering the news (1978SCHUDSON, Michael. Discovering the news: a social history of American newspapers. Nova York: Basic Books, 1978. [Descobrindo a notícia: uma história social dos jornais nos Estados Unidos. Petrópolis: Vozes, 2010].) — clássico que foi traduzido para o português pela Vozes, em 2010. Fruto de seu doutorado em Harvard, o trabalho constitui uma análise sobre o surgimento do ideal da objetividade na imprensa norte-americana no fim do século 19, e desenvolve o argumento de que sua cristalização como valor jornalístico ocorreu no pós-Primeira Guerra Mundial, como uma defesa retórica contra a crescente influência da propaganda governamental e de publicações corporativas.

Esta e outras contribuições que seguiram lhe garantiram carreira acadêmica de destaque, com passagens pela Universidade de Chicago e pela Universidade da Califórnia, em San Diego, da qual foi eleito professor emérito após quase 30 anos de atuação. Em 2009, passou a lecionar em tempo integral na pioneira Escola de Jornalismo de Columbia. Na entrevista a seguir, realizada em novembro de 2021, e revisitada em julho de 2024, conversamos sobre o trabalho desenvolvido como pesquisador de longa data da área.

OD: Para início de conversa, o senhor poderia nos contar o que lhe motivou a enveredar pelos estudos de jornalismo em seu doutorado? Houve algum obstáculo para trabalhar o tema em uma universidade tão tradicional como Harvard, ou não?

MS: Eu me graduei em sociologia e antropologia no Swarthmore College. Apliquei para programas de pós-graduação em sociologia, antropologia social e história das ideias e, no fim, escolhi antropologia social em Harvard, mas mudei para sociologia no meu segundo ano. Meu orientador, Daniel Bell, foi jornalista (da Fortune Magazine, entre outras) antes de se tornar um acadêmico, então não houve da parte dele problema com meu projeto de pesquisa. Minha dissertação, contudo, não foi sobre jornalismo enquanto tal - era um estudo de história das ideias, especificamente da história de um valor ou ideal: como os profissionais (do direito e do jornalismo) passaram a acreditar que deveriam procurar ser “objetivos” ou desapaixonados em seu trabalho? Eu os vi como estudos de caso da sociologia das profissões. Era a época do Watergate (1972-1974) e tanto jornalismo como direito eram o assunto do momento.

OD: Desde então, que compreensão tem cultivado sobre a profissão que nos interessa aqui?

MS: O jornalismo significa coisas diferentes para pessoas diferentes. Em cidades menores, é interessante porque são notícias sobre pessoas que você conhece ou pelo menos pessoas que você sabe da existência. Nas cidades maiores e a nível nacional, é um relato mais ambicioso de eventos atuais de amplo interesse - local, regional, nacional, internacional - e não apenas o que acabou de acontecer, mas tendências - o que “está acontecendo” e pode acontecer amanhã -, bem como opiniões - sobre o que deve ou não acontecer.

Trata-se cada vez mais de uma das inúmeras “profissões do conhecimento” - junto com os serviços de registro e arquivamento de informações dos governos e universidades, junto com a pesquisa e prática científica e médica; junto com profissões acadêmicas e tantas outras - e os jornalistas interagem com todas elas mais do que nunca. Ainda resta, eu acho, um certo desprezo entre os acadêmicos pelos jornalistas - igualado ao desprezo dos jornalistas pelos acadêmicos da “torre de marfim” -, mas cada vez mais essas profissões do conhecimento amplamente separadas entram em interação e passam a valorizar umas às outras.

OD: Metodologicamente, seu trabalho tem sido marcado pelo diálogo entre as perspectivas da sociologia e da história. Como analisa o desenvolvimento dos estudos de mídia e jornalismo a partir delas nos Estados Unidos?

MS: A “mídia” continua sendo um assunto marginal tanto na sociologia quanto na história. Mídia não é um tema central ou subcampo reconhecido nos departamentos de história ou nos de sociologia. Muitos sociólogos e historiadores que escrevem sobre jornalismo acabam por encontrar vagas em escolas de jornalismo ou departamentos de comunicação/mídia. E aí, acredito, a pesquisa tem melhorado.

Quando publiquei meu primeiro livro, não se falava em “estudos de jornalismo” - não havia nenhuma divisão da International Communication Association com esse nome, nenhuma revista acadêmica como Journalism ou Journalism Studies, nem as muitas outras que apareceram em seguida. Tinha a Journalism Quarterly, a publicação da Association for Journalism Education, posteriormente Association for Education in Journalism and Mass Communication (AEJMC). Mas, francamente, era uma revista enclausurada, voltada apenas para o corpo docente das escolas de jornalismo, em grande parte devido a conversas mais amplas sobre “a esfera pública” na teoria política e social, ou “profissões e profissionalização” em sociologia, ou o trabalho influente de Benedict Anderson sobre “comunidades imaginadas”, ou as contribuições de Bourdieu ou Foucault, ou os estudos de ciência e tecnologia etc.

Talvez eu esteja seja rude com a tradição das escolas de jornalismo, que se voltava quase exclusivamente para o seu próprio público, mas acho que a entrada dos sociólogos no diálogo com os estudos de jornalismo (como Paolo Mancini, da Itália) e cientistas políticos (como Daniel C. Hallin), e outros sociólogos (Todd Gitlin, Rod Benson) e historiadores (Richard John, Andie Tucher) que migraram para os programas de comunicação, jornalismo ou mídia, enfim, enriqueceram os estudos de jornalismo e ajudaram a torná-lo um domínio intelectual vivo.

OD: Um sinal claro desse entendimento aparece, a meu ver, em The sociology of news production (1989), artigo no qual o senhor discute contribuições oriundas das ciências sociais para explicar os processos de produção noticiosa.

MS: Embora avalie que o assunto já esteja esgotado, acrescentaria apenas que em uma revisão subsequente deste trabalho fiz uma ponderação que considero importante: mesmo com todas as quatro abordagens de que falei (política, econômica, sociológica e cultural), elas fornecem uma cobertura incompleta do que é o jornalismo, visto que não avaliam plenamente o problema dos “eventos”, a essência daquilo em que a maior parte do jornalismo se concentra. Quero dizer, a ciência social tende a buscar causas amplas para a trajetória dos assuntos humanos: explicações econômicas, tecnológicas, sociais, políticas ou culturais. Mas os “eventos” podem estar fora dessas causas gerais e ainda assim importar -alguns são previsíveis, mas os mais interessantes não, sendo o próprio cerne do que perturba os planos da teoria social e política.

OD: E como definiria a sua perspectiva?

MS: Eu diria que minha perspectiva teórica é pluralista. Acho que os fatores econômicos, políticos, tecnológicos, sociais, culturais e imprevistos - eventos e pessoas - são fatores causais nas questões humanas. Meu único preceito é o que aprendi em uma aula de desenho que fiz: “desenhe o que você vê”. Desenhe o que você vê e não o que você acha que deveria ver. É uma ótima lição para se ter em mente -e é incrivelmente difícil de conseguir.

OD: No livro de 1978, seu exame histórico-sociológico constrói o argumento de que o valor da objetividade no jornalismo se cristaliza nos Estados Unidos a partir de circunstâncias políticas e culturais específicas. Quer dizer que, no limite da interpretação, o modelo norte-americano não poderia ser implantado totalmente em nenhum outro sistema, embora, como sabemos, tenha exercido influência. O senhor chegou a se interessar por estudar como isso se deu, de forma diferente, na imprensa de outros países?

MS: É uma boa pergunta, mas devo admitir que meu conhecimento de outros sistemas, especialmente fora da Europa, é bastante limitado para que eu elabore uma resposta fundamentada. Então me permita responde-la em retrospecto: alguns dos elementos aparentemente mais simples do jornalismo norte-americano eram práticas sociais, não crenças filosóficas - entrevistar como uma prática, em vez de “objetividade” como um ideal e ideologia ocupacional. Os jornalistas dos EUA começaram a fazer uso amplo de entrevistas nas décadas de 1880 e 1890 e os europeus acharam isso uma prática desprezível, não apropriadamente respeitosa com as personalidades e políticos entrevistados. Somente quando os jornalistas dos EUA se aglomeraram na Europa de 1914 a 1918, para cobrir a Primeira Guerra Mundial, é que houve um uso compartilhado de entrevistas com colegas europeus e a prática se espalhou.

A “objetividade” se tornou uma ideologia autoconsciente na década de 1920, como um ideal defensivo, uma barreira ideológica para proteger o jornalismo de esforços para manipular notícias apresentadas por governos com sua propaganda e organizações comerciais com suas estratégias de relações públicas. “Nós controlamos as colunas de notícias dos nossos jornais” foi a mensagem que jornalistas nos EUA começaram a enviar a essas forças externas. Isso parece ter influenciado o jornalismo britânico até certo ponto, mas menos o jornalismo continental, onde o ensaio interpretativo, em vez da entrevista relativamente imparcial e da reportagem baseada em fatos, teve maior aceitação.

Ainda assim, a mudança nas últimas décadas para um jornalismo mais investigativo tem um alcance global, como talvez seja melhor ilustrado pelo ICIJ - International Consortium of Investigative Journalists - onde dezenas de organizações noticiosas do mundo todo trabalham juntas em grandes reportagens investigativas e publicam em múltiplos veículos os resultados de suas descobertas.

OD: Voltando à sua obra, ainda que multifacetada, o senhor parece realizar uma transição da sociologia da produção noticiosa para a história política, sem se restringir à imprensa. The good citizen: a history of American civic life (1998)SCHUDSON, Michael. The good citizen: a history of American civic life. Nova York: Martin Kessler Books, 1998. e Why democracies need an unlovable press (2008)SCHUDSON, Michael. Why democracies need an unlovable press. Malden: Polity, 2008. seriam exemplos dessa mudança de enfoque. Ou não vê assim?

MS: Tanto o jornalismo quanto os estudos de jornalismo nos EUA pressupõem que o objetivo do jornalismo deve ser fornecer informações que permitam às pessoas se tornarem “cidadãos informados”. Mas meu The good citizen argumenta que isso abrange apenas um dos quatro modelos que existiram - todos ainda em operação de alguma forma - na vida política dos EUA desde a fundação do país. No caso, o modelo de “cidadão informado” se tornou proeminente apenas com a Era Progressista (1890-1920).

Na década de 1790 e no início de 1800, esperava-se que um “bom cidadão” se submetesse aos homens ricos que se candidatavam a cargos públicos; votar era sobre escolher uma pessoa de caráter para o cargo, não sobre ser informado sobre a política. Durante a maior parte do século 19, o bom cidadão era um partidário entusiasta leal a um dos partidos políticos recém-fundados - a política havia se tornado uma espécie de esporte de equipe. No período de 1890-1920, houve críticas crescentes a este tipo de política e uma ênfase crescente de que um cidadão deveria estar bem informado sobre as questões do dia.

Esse modelo continua até hoje, mas nas décadas de 1950 e 1960 foi complementado por um modelo mais ativista e às vezes rebelde que enfatizava o compromisso com um modelo de “cidadão portador de direitos” capaz de se defender para proteger seus próprios direitos legítimos ou os direitos dos outros - o movimento pelos direitos civis tornou-se um modelo poderoso em que a cidadania passa a ser exercida fora do domínio dos partidos políticos.

Hoje, não vejo isso exatamente como uma transição, mas como uma exploração adicional da cultura e dos valores da história dos EUA. Em outras palavras, ao longo de minha trajetória estudei: a história da objetividade no jornalismo em Discovering the news; do conceito de cidadão informado em The good citizen; no final do século 20, a emergência da transparência como um valor buscado nas políticas públicas em The rise of the right to know (2015)SCHUDSON, Michael. The rise of the right to know: politics and the culture of transparency, 1945–1975. Cambridge: The Belknap Press, 2015.; e a seguir, se eu chegar lá, a ascensão da “investigação crítica” como um valor principal no ensino superior.

OD: O livro de 2008 começa com a afirmativa de que “o jornalismo não cria democracia e a democracia não inventa o jornalismo”. Como o senhor percebe historicamente o papel da imprensa no estado democrático? Esse papel mudou ou permaneceu relativamente o mesmo?

MS: Para mim, mudou com os anos 1960/1970, conforme o jornalismo dos EUA se reprofissionalizou, adicionando a uma versão bastante restrita de objetividade do tipo “ele disse/ela disse” uma versão mais profunda e desafiadora que fornece análise, interpretação e contexto para as notícias.

Com base na análise de conteúdo do New York Times, Washington Post e Milwaukee Journal Sentinel - como um diário regional metropolitano representativo -, mostramos que houve um enorme crescimento do que, por falta de um termo melhor, chamamos de “reportagem contextual”. Por meio disso, os jornalistas ofereceram interpretação ou análise para enquadrar suas estórias, reportando não apenas o que os políticos disseram, mas tentando explicar as razões pelas quais eles disseram o que fizeram.

OD: Sobre a relação entre imprensa e democracia, talvez seja importante referir o legado de Walter Lippmann, uma das fontes para sua pesquisa. Qual poderia ser o ponto de aproximação e distanciamento entre vocês dois no que concerne à análise do papel da imprensa na sociedade moderna?

MS: Admiro muito Walter Lippmann. Ele combinou uma profundidade filosófica e psicológica com um envolvimento próximo com os assuntos diários da vida política nacional (EUA) por meio século. Ele conhecia a política e os políticos em primeira mão - eu só os observo de longe -, ele acreditava no valor da democracia - assim como eu.

Fico muito impressionado, ao reler sua Public opinion de 1922 e seu The phantom public de 1925, com a clareza de sua percepção de que especialistas, assim como cidadãos comuns, têm compreensão limitada dos assuntos públicos. A diferença, ele escreveu, que importa para a construção de uma sociedade democrática não é entre elites e massas ou entre experts e cidadãos comuns, mas entre insiders e outsiders no que está em questão.

Apesar de ainda termos que construir um vocabulário melhor para isso tudo, Lippmann articulou essas questões melhor do que qualquer outra pessoa que eu conheço na cena americana - e ele fez isso há 100 anos. O próprio Lippmann era tanto um insider quanto um outsider na política norte-americana - eu apenas um outsider. Ele só não previu o quão desconfiada, cética, xenófoba e até mesmo antidemocrática nossa cultura pública se tornaria - da Guerra do Vietnã em diante -, e eu certamente não sei o que ele pensaria da nossa cultura de mídia hoje. Essa é a nossa tarefa. Mas acho que devemos nos inspirar em seu realismo pragmático ao avaliar onde estamos e onde a mídia está no mundo de hoje.

OD: E sobre as novas gerações de acadêmicos, quais contribuições destacaria? Observa a formação de um cânone, um núcleo intelectual para o estudo do jornalismo?

MS: Não tenho certeza se existe um núcleo intelectual. Acho que o Discovering the news faria parte disso, se é que existe. O mesmo diria sobre Hallin e Mancini com Comparing media systems, que me parece um trabalho de influência maior nos estudos de jornalismo. Com relação ao passado, Four theories of the press foi influente, mas acho que foi totalmente substituído por Hallin e Mancini, que é uma referência necessária para a literatura agora florescente sobre estudos comparativos transnacionais de jornalismo e suas audiências. Acredito que o trabalho de Karin Wahl-Jorgensen sobre emoção no jornalismo é um trabalho fundamental a ser considerado - e sua ênfase na história, narrativa, conexão emocional (em vez de apenas conexão informativa) das notícias para o público. Uma literatura adjacente sobre “eventos de mídia”, a exemplo daquela de Daniel Dayan e Elihu KatzDAYAN, Daniel; KATZ, Elihu. Media events: the live broadcasting of history. Cambridge: Harvard University Press, 1992., também me parece frutífera e, como faz Wahl-Jorgensen, abrindo perspectivas valiosas aos estudos de jornalismo.

OD: Antes de terminar, gostaria de dizer que seu artigo Second thoughts: Schudson on Schudson (2017)SCHUDSON, Michael. Second thoughts: Schudson on Schudson. Journalism Studies, v. 18, n. 10, 1334–1342, jul. 2017. DOI: 10.1080/1461670X.2017.1343931
https://doi.org/10.1080/1461670X.2017.13...
é uma atitude intelectual extremamente saudável para o desenvolvimento da nossa área, pois, em vez de ocultar, o senhor busca expor e discutir as críticas que lhe foram feitas. O que não significa meramente concordar ou discordar, mas refletir. Um dos críticos mais recentes, Christoph Raetzsch (2017)RAETZSCH, Christoph. Journalism studies beyond journalism: a critical and appreciative dialogue with Michael Schudson. Journalism Studies, v. 18, n. 10, 1277–1292, jun. 2017. DOI: 10.1080/1461670X.2017.1338151
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afirma que sua obra subestima a importância da categoria tecnologia. Qual seu ponto de vista a respeito?

MS: Sou um pluralista na maioria das questões de explicação sociológica, pois sociedades humanas e ações humanas são complexas. A tecnologia é importante. Economia é importante. Política. Sociedade e relações sociais. Cultura. E - mesmo que os historiadores nem os cientistas sociais saibam lidar - também o são os eventos e indivíduos, os acidentes da vida que têm força causal própria. Todos importam. Não dou peso total à tecnologia? Pode ser. Mas continuo preocupado com o que me parece uma aceitação cega na cultura popular e mesmo na cultura acadêmica de que a “tecnologia” é a força avassaladora em nossos dias. Concordo que é muito importante. Mas nunca foi e nunca será de suma importância.

OD: Ao mesmo tempo, o senhor traz uma visão otimista sobre o futuro do jornalismo em meio às transformações trazidas pela internet. Por que o jornalismo ainda terá importância amanhã?

MS: Sim. Acho que qualquer pessoa que lê jornais da década de 1950 veria instantaneamente que o jornalismo de hoje é muito superior - melhor em fontes, melhor escrito, mais ambicioso intelectualmente, mais envolvente, mais profundo, mais inclusivo no que conta como politicamente relevante, obviamente mais inclusivo em termos de raça, gênero, classe, sobre o que e quem merece cobertura noticiosa. O nosso pessoal se preocupa com como e onde o público recebe suas notícias hoje - justo, mas muitas vezes ignora que é muito mais fácil do que costumava ser para os JORNALISTAS obterem suas estórias! Obrigado, Google, Twitter, a internet em geral - e quanto mais até o jornalismo provincial estadunidense participa cada vez mais de uma conversa global. Apesar de todos os perigos que o mundo digital representa, as novas possibilidades que se abriram são enormes.

Referências

  • DAYAN, Daniel; KATZ, Elihu. Media events: the live broadcasting of history. Cambridge: Harvard University Press, 1992.
  • FINK, Katherine; SCHUDSON, Michael. The rise of contextual journalism, 1950s–2000s. Journalism, v. 15, n. 1, p. 3–20, jan. 2014. DOI: 10.1177/1464884913479015.
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  • HALLIN, Daniel C.; MANCINI, Paolo. Comparing media systems: three models of media and politics. Cambridge: Cambridge University Press, 2004.
  • RAETZSCH, Christoph. Journalism studies beyond journalism: a critical and appreciative dialogue with Michael Schudson. Journalism Studies, v. 18, n. 10, 1277–1292, jun. 2017. DOI: 10.1080/1461670X.2017.1338151
    » https://doi.org/10.1080/1461670X.2017.1338151
  • SCHUDSON, Michael. Discovering the news: a social history of American newspapers. Nova York: Basic Books, 1978. [Descobrindo a notícia: uma história social dos jornais nos Estados Unidos. Petrópolis: Vozes, 2010].
  • SCHUDSON, Michael. Second thoughts: Schudson on Schudson. Journalism Studies, v. 18, n. 10, 1334–1342, jul. 2017. DOI: 10.1080/1461670X.2017.1343931
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  • SCHUDSON, Michael. The rise of the right to know: politics and the culture of transparency, 1945–1975. Cambridge: The Belknap Press, 2015.
  • SCHUDSON, Michael. The sociology of news production. Media, Culture & Society, v. 11, n. 3, p. 263–82, jul. 1989. DOI: 10.1177/016344389011003002
    » https://doi.org/10.1177/016344389011003002
  • SCHUDSON, Michael. Why democracies need an unlovable press Malden: Polity, 2008.
  • SIEBERT, Fred S.; PETERSON, Theodore; SCHRAMM, Wilbur. Four theories of the press Urbana: University of Illinois Press, 1963.
  • WAHL-JORGENSEN, Karin. Emotions, media and politics Cambridge: Polity Press, 2019.

Editoras responsáveis:

Marialva Barbosa e Sonia Virgínia Moreira

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    26 Ago 2024
  • Data do Fascículo
    2024

Histórico

  • Recebido
    12 Out 2023
  • Aceito
    29 Jun 2024
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