Open-access As fêmeas de euglossine residem em um único ninho? Notas sobre Euglossa cordata (Hymenoptera: Apidae: Euglossini)

RESUMO

Abelhas Euglossa Latreille, 1802 não vivem em grandes colônias, e estas geralmente são mantidas ou “reativadas” por novas fêmeas, subordinadas à mãe, que constroem e fornecem células de cria. Este estudo teve como objetivo obter informações sobre o tempo que as abelhas levam para prover novas células, sobre a emergência e permanência das abelhas nos ninhos, bem como o número de ninhos construídos por cada uma. Durante sete meses observamos fêmeas em 14 caixas vazias de madeira (5,7 x 5,7 x 7,0 cm), disponibilizadas para nidificação das abelhas. O método de remarcação foi utilizado quando uma abelha foi encontrada pela primeira vez nas caixas ou para cada nova abelha filha após a sua emergência. Um total de 12 caixas foi colonizada por Euglossa cordata (Linnaeus, 1758) e 23 células foram construídas em 9,78 ± 11 dias por célula. Onze fêmeas emergiram das células em 48,6 ± 11 dias. Dois imaturos morreram e dois foram parasitados por Bombyliidae. Apesar de que as fêmeas adultas de E. cordata moveram-se entre ninhos e às vezes usaram vários ninhos de uma só vez, elas demonstraram uma fidelidade relativamente alta a um único ninho (81.1% dessas fêmeas permaneceram mais de 50% do tempo em um único ninho).

PALAVRAS-CHAVE: Fidelidade de nidificação; emergência de abelha; abelha das orquídeas

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