O objetivo do trabalho foi verificar se a deficiência de estrógenos causava alteração na microdureza do esmalte e da dentina de incisivos de ratas e se a administração crônica de fluoreto alterava essa resposta. Ratas ovariectomizadas ou sham-ovariectomizadas receberam para beber água destilada contendo ou não NaF 10 ppm, durante 90 dias. Decorrido este tempo, os incisivos maxilares foram removidos e a microdureza determinada no esmalte e dentina. Os resultados foram submetidos à análise de variância e teste de Tukey (p<0,05). Constatou-se uma redução significante na mineralização da coroa (7,9% e 8,1%) e raiz (20,4% e 25,0%) nos grupos tratados com fluoreto ou água destilada, respectivamente e um aumento (14,2%) na dentina da coroa, após a ovariectomia. O tratamento com fluoreto não impediu a redução da mineralização no esmalte, porém interferiu na dentina diminuindo a mineralização, após a ovariectomia. Concluiu-se que o processo da mineralização do esmalte e da dentina dos incisivos de ratas sofre a ação de estrógenos, de maneira direta ou indireta e que os dois tecidos respondem de maneiras diferentes à administração de fluoreto.
Fluoreto de sódio; Ovariectomia; Dureza; Osteoporose
