A composição química dos óleos essenciais foi utilizada para estudar a estrutura espacial de oito populações de Eugenia dysenterica do Cerrado central brasileiro. O particionamento da variação utilizando os conjuntos de dados espaciais e ambientais como preditores foi altamente significativo e explicou 7,8 e 8,1% da variação total dos óleos essenciais, respectivamente. Os resultados sugeriram que o polimorfismo nos óleos essenciais foi determinado mais por fatores genéticos do que ambientais. Além disso, o intercepto do autocorrelograma multivariado de Mantel entre as matrizes de distância dos constituintes químicos e dos locais de coleta sugere que as populações se diferenciam quimicamente a distâncias geográficas superiores a 120 km, contribuindo como indicador alternativo da distância mínima entre amostras necessária para a conservação da diversidade genética das populações.