Um novo procedimento, denominado AGOA, foi desenvolvido e implementado em um programa escrito em FORTRAN 77 para explorar as estruturas de hidratação ao redor de solutos polares. Este procedimento utiliza-se da análise do potencial eletrostático molecular (MEP) do soluto (ou da supermolécula) e pode ser generalizado para outros solventes polares além da água. Este procedimento foi testado para moléculas simples, bem como para moléculas complexas de interesse farmacológico, como os sistemas beta-carbolínicos, derivados do indol. Este foi um teste rigoroso, e mostra que o procedimento AGOA é robusto, flexível e de baixa demanda computacional para estudos de hidratação, sendo possível a utilização de funções de onda semi-empírica ou ab initio. Comparações com métodos que otimizam a geometria soluto-água mostram a superioridade do procedimento AGOA no estudo da hidratação dos confôrmeros anti e syn da beta-carbolina, viabilizando o seu uso para a compreensão e quantificação das interações específicas que contribuem para os efeitos do solvente.