Desenvolveu-se um método por injeção em fluxo para determinação de oxalato em urina, baseado na utilização da oxalato oxidase (E.C. 1.2.3.4) imobilizada em sementes trituradas de Sorghum vulgare, variedade BR-303. Amostras de 200 µL contendo oxalato são introduzidas num fluxo de água deionizada que passa por um reator, em forma de coluna, preenchido com o material enzimático ativado. O dióxido de carbono produzido pela reação enzimática é conduzido, pelo fluxo, até uma cela de permeação, contendo uma membrana de PTFE, onde permeia para um outro fluxo de água deionizada. Este fluxo passa por uma cela de condutividade. A presença de dióxido de carbono provoca uma diferença na condutividade, proporcional à concentração de oxalato originalmente presente na amostra. Os resultados obtidos mostram uma faixa de linearidade entre 0,05 e 0,50 mmol dm-3. O método proposto, quando comparado com o procedimento enzimático da Sigma, mostra uma boa correlação (Y = 0,006( +0,016) + 0,98( + 0,019) X, r = 0,9995, Y = condutividade em µS e X = concentração em mmol dm-3), seletividade e sensibilidade. O novo procedimento de imobilização promove grande aumento de estabilidade da enzima permitindo a determinação de oxalato por cerca de seis meses. Cerca de 13 determinações podem ser realizadas por hora. A precisão do método proposto é bastante satisfatória (d.p.r. = + 3,2 %).