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Interação nefro-intensivista pediátrica na lesão renal aguda

RESUMO

Introdução:

Os conceitos sobre diagnóstico e conduta da Lesão Renal Aguda (LRA) na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) tem como ponto primordial a avaliação do balanço hídrico. Em nossa UTI, de 2004 a 2012, a participação do nefrologista era sob demanda. A partir de 2013, a participação passou a ser contínua em reunião de discussão de casos. O objetivo deste estudo foi determinar como a maior interação nefrologista/intensivista influenciou a frequência de indicação de diálise, no balanço hídrico e na classificação pRIFLE durante esses dois períodos de observação.

Método:

Estudo retrospectivo, avaliação longitudinal de todas as crianças com LRA em diálise (2004 a 2016).

Parâmetros estudados:

frequência de indicação, tempo de duração e volume de infusão nas 24 horas precedendo a diálise; diurese e balanço hídrico a cada 8 horas. Estatística não paramétrica, p ≤ 0,05. Resultado: 53 pacientes (47 antes e 6 após 2013). Sem diferença significativa no número de internações e nem de cirurgias cardíacas entre os períodos. Após 2013, houve diminuição significativa no número de indicação de diálise/ano (5,85 vs. 1,5; p = 0,000); no volume de infusão (p = 0,02), aumento do tempo de duração da diálise (p = 0,002) e melhora da discriminação do componente diurese do pRIFLE na indicação de LRA. Conclusão: Integração entre equipes de UTI e nefrologia pediátrica na discussão rotineira de casos, abordando criticamente o balanço hídrico, foi determinante para a melhora na conduta da LRA na UTI.

Descritores:
Injúria Renal Aguda; Cuidados Críticos; Balanço hídrico

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