Resumo
Introdução:
Alguns autores aconselham a favor de se fazer uma amostragem tardia de teste de paratormônio intraoperatório (PTHIO) durante paratireoidectomia em pacientes transplantados renais e em diálise. O objetivo do presente estudo foi avaliar a intensidade e o papel da amostragem tardia na interpretação do PTHIO durante paratireoidectomia em pacientes em diálise (2HPT) e pacientes com transplante renal bem sucedido (3HPT) em comparação com aqueles em pacientes com adenoma único de paratireoide (1HPT).
Métodos:
Este foi um estudo retrospectivo dos perfis de PTHIO em pacientes com 1HPT, 2HPT, e 3HPT operados em uma única instituição. Foram coletadas amostras de PTHIO basal (amostragem no início da operação), PTHIO-10 min (10 minutos após a excisão das glândulas paratireoides), e PTHIO-15 min (15 minutos após a excisão das glândulas paratireoides). Os valores foram comparados aos resultados basais.
Resultados:
Os valores percentuais medianos do PTHIO em comparação aos basais (100%) foram os seguintes: 1HPT, PTHIO-10 min = 20% e PTHIO-15 min = 16%; 2HPT, PTHIO-10 min = 14% e PTHIO-15 min = 12%; 3HPT, PTHIO-10 min = 18% e PTHIO-15 min = 15%.
Discussão:
A redução foi igualmente eficaz aos 10 minutos em todos os grupos. Em casos de sucesso, o PTHIO diminui satisfatoriamente 10 minutos após a excisão das glândulas paratireoides em pacientes em diálise e transplantados, apesar das diferenças significativas na função renal. A amostragem tardia de PTHIO parece ser desnecessária.
Descritores:
Paratireoidectomia; Hormônio Paratireóideo; Monitorização Intraoperatória