Resumo
O volume de fluidos e o controle hemodinâmico em pacientes em hemodiálise é um componente essencial da adequação da diálise. A restauração da homeostase do sal e da água em pacientes em hemodiálise tem sido uma busca constante por parte dos nefrologistas, no que condiz à abordagem do “peso seco. Embora essa abordagem clínica tenha sido associada a benefícios no desfecho cardiovascular, recentemente tem sido questionada por estudos que mostram que a intensidade ou agressividade para remover fluidos durante a diálise intermitente está associada a estresse cardiovascular e dano potencial a órgãos.para remover fluidos durante a diálise intermitente está associada a estresse cardiovascular e dano potencial a órgãos. Uma abordagem mais precisa é necessária para melhorar o desfecho cardiovascular nessa população de alto risco. A avaliação e monitorização do estado hídrico baseiam-se em quatro componentes: avaliação clínica, ferramentas instrumentais não invasivas (por exemplo, US, bioimpedância, monitorização do volume sanguíneo), biomarcadores cardíacos (e.g. peptídeos natriuréticos), algoritmos e modelagem de sódio para estimar a transferência de massa. O manejo otimizado do desequilíbrio hídrico e de sódio em pacientes dialíticos consiste em ajustar a remoção de sal e líquido por diálise (ultrafiltração, dialisato de sódio), e restringir a ingestão de sal e o ganho de líquido entre as sessões de diálise. Tecnologia moderna que utiliza biosensores e ferramentas de controle de feedback, hoje parte da máquina de diálise, com análises sofisticadas, proporcionam o manejo direto sobre o sódio e a água de uma maneira mais precisa e personalizada. Prevê-se no futuro próximo que essas ferramentas poderão auxiliar na tomada de decisão do médico, com alto potencial para melhorar o resultado cardiovascular.
Palavras-chave:
Manejo Hídrico e de Sódio; Monitorização Hemodinâmica; Pressão Sanguínea; Descondicionamento Cardiovascular; Hemodiálise; Resultado do Tratamento