Resumo
Introdução:
A hiperfosfatemia é uma grave consequência da doença renal crônica associada a risco aumentado de doença cardiovascular. O controle dos níveis séricos de fósforo dos pacientes em diálise é um desafio que requer, na maioria dos casos, o uso de quelantes de fosfato (QF). Parte da dificuldade se deve à baixa adesão ao tratamento oriunda do grande número de medicamentos receitados para esse grupo de pacientes.
Objetivo:
Avaliar a real eficácia do oxihidróxido sucroférrico (OHS) no controle dos níveis séricos de fósforo e determinar a carga de comprimidos associada.
Métodos:
Estudo multicêntrico, quantitativo, retrospectivo, antes e depois conduzido com pacientes em hemodiafiltração on-line. Pacientes remanejados para OHS como parte dos cuidados de rotina foram incluídos no estudo. Tratamento com QF, número de comprimidos, níveis séricos de fósforo, reposição férrica endovenosa e dosagens foram registrados mensalmente durante seis meses de tratamento com QF ou OHS.
Resultados:
Foram incluídos 42 pacientes no estudo. Após a mudança de QF para OHS, o número de comprimidos prescritos por dia caiu em 67%, de seis para duas unidades diárias (p < 0,001). A frequência de ingestão de comprimidos caiu de três para duas vezes ao dia (p < 0,001). Durante o tratamento com OHS, o percentual de pacientes com fósforo sérico ≤ 5,5 mg/dL aumentou de 33,3% no início para 45% após seis meses de tratamento.
Conclusão:
Durante os seis meses de seguimento com OHS, os níveis séricos de fósforo foram controlados com um terço dos comprimidos por dia em relação aos tratamentos com outros QF.
Palavras-chave:
Oxihidróxido Sucroférrico; Hiperfosfatemia; Fósforo; Insuficiência Renal Crônica; Hemodiafiltração