Resumo
Introdução:
A inflamação promove a progressão da insuficiência renal crônica, e o início da diálise agrava a inflamação. O aumento do baço está associado à inflamação e os pacientes em hemodiálise podem apresentar um baço grande. O objetivo do presente estudo foi comparar o tamanho do baço de pacientes em hemodiálise versus aquele de controles, para atualizar este tópico.
Métodos:
Controles e pacientes foram elegíveis para participar do estudo desde que fossem negativos para marcadores sorológicos dos vírus da hepatite B, C e HIV, se não apresentassem distúrbio linfoproliferativo e tivessem pelo menos 18 anos de idade. Registramos idade, sexo e duração da diálise. Avaliamos as variáveis laboratoriais (hemoglobina, contagem de células hematológicas, creatinina sérica) e a causa básica da doença renal terminal. O tamanho dos baços dos pacientes foram divididos em tercis.
Resultados:
Os 75 controles e 168 pacientes selecionados foram pareados por sexo. Os pacientes eram mais velhos, tinham baços maiores e menor contagem de plaquetas do que os controles. A relação entre o tamanho do baço e a idade dos controles e pacientes foi bastante semelhante. Os pacientes do primeiro tercil de tamanho do baço, em comparação com os do terceiro, eram mais velhos e apresentavam contagens de plaquetas mais altas. A doença subjacente e o período de diálise não tiveram efeito no tamanho do baço.
Discussão:
Os pacientes tinham baços maiores e uma maior variedade de tamanhos de baço do que os controles. Entre os pacientes, a associação entre baço maior e menor com contagens de plaquetas mais baixas e mais altas, respectivamente, gerou a especulação da ocorrência de hiperesplenismo e hiposplenismo.
Descritores:
Diálise Renal; Plaquetas; Ultrassonografia; Esplenomegalia