RESUMO
Apesar de comum, o hipoaldosteronismo hiporeninêmico continua a ser uma entidade sub-diagnosticada, com maior prevalência em pacientes com diabetes mellitus. A doença cursa com hipercalemia assintomática acompanhada de acidose metabólica hiperclorêmica sem disfunção renal significativa. O mecanismo fisiopatológico subjacente não é entendido em sua totalidade, mas postula-se que a deficiência de aldosterona (hipoaldosteronismo hiporeninêmico) e/ou a resistência à aldosterona no órgão-alvo (pseudo-hipoaldosteronismo) possam ser responsáveis. O diagnóstico é fundamentado em parâmetros laboratoriais. A estratégia terapêutica varia de acordo com o mecanismo fisiopatológico subjacente e a etiologia, mas seu objetivo é normalizar o potássio sérico. O presente artigo relata dois casos e analisa a literatura relevante sobre o assunto.
Palavras-chave:
acidose; acidose tubular renal; diabetes mellitus; hiperpotassemia; hipoaldosteronismo