Introdução:
O câncer cervical é uma das doenças mais frequentes entre mulheres, e causa considerável morbidade e mortalidade. Com base nos fatos de que o câncer cervical é uma neoplasia importante no nordeste brasileiro, e que a prevalência do papilomavírus humano (HPV) de alto risco está diretamente associado a ele, este trabalho teve como objetivos correlacionar os achados citológicos e/ou colposcópicos com status de infecção de HPV e verificar o desempenho dos iniciadores MY09/MY11 e GP5+/GP6+ para detecção do HPV.
Material e métodos:
Os pacientes deste estudo foram de Penedo-AL, uma cidade com elevado nível de pobreza (índice de pobreza de 60,62%). Do total de 70 pacientes com alterações citológicas e/ou colposcópicas, 32 aceitaram participar do estudo.
Resultados:
Com relação a citologia, 21 (30%) pacientes apresentaram células escamosas atípicas de significado indeterminado (ASC-US); 20 (29%), células glandulares atípicas de significado indeterminado (AGUS); 12 (17%), lesão intraepitelial de baixo grau (LSIL); cinco (7%), lesão intraepitelial de alto grau (HSIL); e 12 (17%), colposcopia positiva. Destas, 27 (84%) apresentaram banda do gene que codifica para ß-globina humana. Das 27 pacientes, oito (30%) apresentaram positividade para o HPV. Os resultados mostraram que o ácido desoxirribonucleico (DNA) do HPV foi detectado em 15% e 30%, usando MY-PCR e GP +-PCR, respectivamente.
Conclusão:
Este estudo sugere que mais de um tipo de iniciador de oligonucleotídeo deve ser utilizado em amostras clínicas para aumentar a sensibilidade na detecção do HPV.
câncer cervical; citologia; colposcopia; HPV; PCR