RESUMO
Introdução:
É a partir da sedimentoscopia do parcial de urina que muitas conclusões são tiradas pelo profissional responsável pelo diagnóstico. Por ser um exame frequentemente realizado nos laboratórios, é importante a redução dos custos e do tempo para a realização da sedimentoscopia em amostras de urina consideradas normais.
Objetivo:
Avaliar a importância da sedimentoscopia em urinas sem alterações físico-químicas.
Material e método:
Trata-se de um estudo epidemiológico de delineamento transversal desenvolvido em um laboratório-escola a partir de laudos referentes aos parciais de urina realizados de janeiro a julho de 2017. Para comparação entre médias, foi realizado teste t de Student, qui-quadrado de Pearson e teste de correlação de Spearman. O nível de significância estabelecido foi de 5%.
Resultados:
Foram analisados 7.734 laudos de parciais de urinas, com 2.530 (32,7%) resultados de parciais sem alterações físico-químicas. Os pacientes tinham idade média de 39 (± 23) anos, a maior parte do sexo masculino (61,7%). Com relação à quantificação de leucócitos, 2,3% dos pacientes apresentaram número superior aos valores de referência, e com relação às hemácias, 1,7% deles ultrapassaram esses valores. Observou-se que a cada um ano de idade a mais para o indivíduo, reduz-se em 0,4 a quantidade de leucócitos encontrados nos parciais de urina sem alterações físico-químicas (p < 0,007).
Conclusão:
A partir dos dados do presente estudo, conclui-se que a maior parte dos pacientes sem alterações físico-químicas não possui quaisquer alterações de relevância clínica na sedimentoscopia.
Unitermos:
microscopia; urinálise; testes diagnósticos de rotina