INTRODUÇÃO: O nefroblastoma, ou tumor de Wilms, é a neoplasia renal mais frequente na infância. Embora o prognóstico seja favorável para a maioria dos pacientes, muitos evoluem para recidiva ou óbito. A caracterização de grupos de risco por meio de marcadores imuno-histoquímicos tem por objetivo adequar o tratamento ao grupo de risco e reduzir recidivas e óbitos. Entre os marcadores mais estudados estão p53, B-cell lymphoma 2 (BCL-2), BCL-2 associated protein X (BAX) e fator de crescimento vascular endotelial e seu receptor 1 (VEGFR1), relacionados com a via apoptótica, o reparo do ácido desoxirribonucleico (DNA) e a neovascularização. OBJETIVO: O objetivo deste estudo é avaliar a expressão imuno-histoquímica de p53, BCL-2, BAX e VEGFR1 em amostras de nefroblastoma humano e correlacioná-las com fatores prognósticos clínico-patológicos. MATERIAL E MÉTODO: Foram utilizadas 29 amostras de nefroblastomas retiradas dos Serviços de Anatomia Patológica de dois hospitais de Curitiba, com diagnósticos entre 1994 e 2007. Por meio da técnica de imunoperoxidase, com as amostras em arranjo tecidual em matriz, realizou-se análise da imuno-histoquímica desses marcadores e sua comparação com fatores prognósticos clínico-patológicos. RESULTADOS: A maior imunoexpressão de VEGFR1 nos componentes blastematoso e epitelial mostrou associação positiva ao grupo de risco, sendo que isso poderia estar relacionado com a maior capacidade de invasão vascular neoplásica que pode ser conferida por esse fator de crescimento endotelial, aumentando, assim, as chances de metástases e alterando o estadimento, o grupo de risco e a evolução clínica. CONCLUSÃO: A expressão imuno-histoquímica aumentada de VEGFR1 mostrou associação diretamente proporcional ao grupo de risco dos pacientes com nefroblastoma.
tumor de Wilms; p53; BCL-2; BAX; VEGFR1