RESUMO
Introdução:
A reproducibilidade diagnóstica e a determinação de fatores prognósticos em neoplasias intraepiteliais cervicais graus 1 e 2 ainda são problemas relevantes na prática diária da histopatologia ginecológica.
Objetivo:
Correlacionar o valor da reclassificação morfológica e da imunoexpressão do marcador p16 em neoplasias intraepiteliais cervicais graus 1 e 2 com o desfecho clínico.
Materiais e métodos:
Incluídas 66 pacientes (34 com neoplasia intraepitelial cervical grau 1 e 32 com grau 2); realizou-se estudo imuno-histoquímico com p16 e reclassificação segundo o Consenso Lower Anogenital Squamous Terminology (LAST) e a proposta alternativa de Herfs e Crum; desfecho desfavorável foi definido como diagnóstico histológico subsequente de neoplasia intraepitelial cervical grau 3 ou carcinoma de células escamosas invasivo.
Resultados:
Observamos performance superior da classificação morfológica alternativa (p = 0,002) para determinação de desfecho desfavorável. Também detectamos performance superior do marcador p16 na mesma determinação (p = 0,002).
Conclusão:
A utilização de uma classificação morfológica alternativa é promissora. No âmbito da utilização dos anticorpos imuno-histoquímicos como biomarcadores, o p16 apresentou boa sensibilidade e valor preditivo negativo na determinação dos casos em que o desfecho foi desfavorável.
Unitermos:
neoplasia intraepitelial cervical; inibidor p16 de quinases dependentes de ciclina; evolução clínica