A hipóxia vem sendo bastante estudada nos tumores sólidos, principalmente nos de mama, os quais são frequentemente responsáveis pela resistência a quimioterapia e radioterapia. O hypoxia inducible factor (HIF)-1α é o principal responsável pela hipóxia no microambiente tumoral e seus mecanismos moleculares têm sido descritos, além de estratégias terapêuticas desenhadas para essa molécula. Porém, poucos estudos na literatura tratam do papel do microambiente hipóxico no momento do diagnóstico para colaborar com a conduta dos oncologistas. Este artigo alerta os pesquisadores em patologia e oncologia para que eles observem a importância da avaliação da extensão da área, bem como dos biomarcadores específicos para esse ambiente, já que moléculas responsivas à hipóxia podem ser indicativas de resposta à terapia antiangiogênica. A extensão das áreas hipóxicas pode mudar a decisão do oncologista na escolha da conduta terapêutica, visto que alguns tratamentos antiangiogênicos podem piorar consideravelmente a evolução clínica do paciente por criar um ambiente hipóxico.
hipóxia; anidrase carbônica IX; fator induzido por hipóxia; diagnóstico de câncer de mama