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Prevalência de microrganismos e perfil de suscetibilidade antimicrobiana em um hospital universitário de Vitória (ES), Brasil

RESUMO

INTRODUÇÃO:

As infecções relacionadas com a assistência à saúde (IRAS) ocorrem durante a internação como resultado de morbidade subjacente, procedimentos invasivos, patologia aguda ou tratamento médico. Elas levam à prolongada permanência e, consequentemente, à carga econômica. A principal ferramenta para conter essas infecções são os antimicrobianos. No entanto, o aumento da resistência e a baixa taxa de descoberta de novos medicamentos justificam a pesquisa que avalia o perfil de resistência de microrganismos aos antimicrobianos.

OBJETIVO:

Avaliar a prevalência e o perfil de suscetibilidade antimicrobiana das IRAS ocorridas em um hospital filantrópico de referência do Espírito Santo, Brasil.

MÉTODOS:

Estudo observacional, retrospectivo e transversal, entre julho de 2014 e junho de 2016. Os dados sobre cultura de sangue, urina e secreções corporais foram coletados da base de dados do Centro de Controle de Infecção Hospitalar.

RESULTADOS:

Houve alta prevalência de IRAS em pacientes com mais de 60 anos. Duzentos e quarenta e três (47.55%) pacientes eram do sexo feminino. As quatro bactérias mais prevalentes foram: Acinetobacter spp., Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus. A polimixina foi a droga que apresentou os melhores efeitos antimicrobianos.

CONCLUSÃO:

A polimixina foi ativa in vitro contra todos os isolados de Acinetobacter spp. Quanto à K. pneumoniae, tanto a polimixina quanto a amicacina apresentaram eficácia significativa. Em relação à Pseudomonas aeruginosa, a polimixina foi efetiva em todas as amostras. Já em relação ao S. aureus, teicoplanina, daptomicina e vancomicina foram efetivas em todas as amostras. A polimixina demonstrou um bom desempenho geral in vitro.

Unitermos:
resistência microbiana a medicamentos; infecção hospitalar; bactérias; antibacterianos; testes de sensibilidade microbiana

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