RESUMO
Introdução:
A proteína CRISP3 é expressa em baixos níveis na próstata humana normal, mas superexpressa no câncer de próstata (CaP). Contudo, sua relevância em pacientes com CaP ainda não está clara. O teste de antígeno específico da próstata (PSA) pode proporcionar interpretações erradas em determinadas circunstâncias, resultando em excesso de tratamento para tumores indolentes. Novos biomarcadores são fundamentais para evitar tratamentos desnecessários e melhorar a qualidade de vida do paciente.
Objetivo:
Avaliar se a expressão de CRISP3 poderia ser um bom biomarcador para CaP.
Métodos:
A expressão de CRISP3 foi determinada por imuno-histoquímica em seções de tecido de CaP de 25 pacientes submetidos a prostatectomia radical. O sistema de classificação Gleason foi utilizado como indicador prognóstico, e o estadiamento foi determinado pelo sistema TNM. Parâmetros clínicos e níveis de PSA antes e pós-cirurgia foram determinados.
Resultados:
A expressão de CRISP3 foi forte em 14 (56%) amostras; moderada em quatro (16%) e fraca em sete (28%). Não houve correlação entre a expressão de CRISP3 e PSA pré e pós-tratamento. Quinze (60%) biópsias de CaP apresentaram extensão do tumor primário pT2. Sete pacientes (28%) mostraram escore de Gleason maior que 7; treze (52%), igual a 7; e cinco (20%), menor que 7. Não houve diferenças estatísticas significativas entre o escore de Gleason e a expressão de CRISP3.
Conclusão:
CRISP3 é expresso no CaP em diferentes níveis. Estudos adicionais são necessários para avaliar se CRISP3 realmente pode ser usado como biomarcador.
Unitermos:
antígeno prostático específico; imuno-histoquímica; neoplasias da próstata; prostatectomia; patologia molecular