A reconstrução esofágica é uma das mais complexas cirurgias do aparelho digestivo, principalmente quando realizada por técnicas minimamente invasivas. Esse procedimento está associado a inúmeras complicações, como deiscência de anastomose, quilotórax, necrose do tubo gástrico e fistulas. Relatamos o caso de um paciente com o diagnóstico de carcinoma epidermoide no terço distal do esôfago que foi submetido à uma esofagectomia por videotoracoscopia e laparoscopia. Durante o ato operatório, houve lesão do brônquio principal esquerdo, sendo necessária a correção cirúrgica imediata da lesão. No pós-operatório, o paciente evoluiu com insuficiência respiratória aguda e grande escape aéreo pelos drenos de tórax e pela ferida operatória cervical. Foi submetido à nova intervenção cirúrgica, através da qual se observou uma grande lesão na parede membranosa da traqueia, que foi corrigida com um retalho de músculo intercostal.
Traqueia; Fístula esofágica; Fístula do sistema respiratório; Músculos intercostais; Esofagectomia