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Minipleurostomia com curativo a vácuo: uma opção minimamente invasiva a pleurostomia

RESUMO

A pleurostomia é uma opção frequente de tratamento para pacientes com empiema pleural fase III que não toleram decorticação pulmonar. Todavia, esse tratamento é considerado mutilante por envolver a confecção de um stoma torácico, que pode demorar anos para se fechar ou requerer nova cirurgia. Descreveu-se recentemente uma técnica minimamente invasiva que associa uso intrapleural de curativo a vácuo como opção a pleurostomia. A presente comunicação objetiva demonstrar o resultado de uma série inicial de pacientes tratados com a minipleurostomia associada ao uso de curativo a vácuo no que tange a sua efetividade e segurança.

Descritores:
Infecção; Empiema pleural; Tratamento de ferimentos com pressão negativa; Toracostomia.

ABSTRACT

Thoracostomy is a common treatment option for patients with stage III pleural empyema who do not tolerate pulmonary decortication. However, thoracostomy is considered mutilating because it involves a thoracic stoma, the closure of which can take years or require further surgery. A new, minimally invasive technique that uses the vacuum-assisted closure has been proposed as an alternative to thoracostomy. This study aims to analyze the safety and effectiveness of mini-thoracostomy with vacuum-assisted closure in an initial sample of patients.

Keywords:
Infection; Empyema, pleural; Negative-pressure wound therapy; Thoracostomy

O empiema pleural é uma afecção de importante morbidade e mortalidade em todo mundo. Trabalhos recentes demonstram que a incidência dessa afecção permanece alta mesmo em países desenvolvidos.11 Bouros D, Schiza S, Tzanakis N, Chalkiadakis G, Drositis J, Siafakas N. Intrapleural urokinase versus normal saline in the treatment of complicated parapneumonic effusions and empyema. A randomized, double-blind study. Am J Respir Crit Care Med. 1999;159(1):37-42. https://doi.org/10.1164/ajrccm.159.1.9803094
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O empiema fase III, caracterizado pelo encarceramento pulmonar,22 Andrews NC, Parker EF, Shaw RR, Wilson NJ, Webb WR. Management of nontuberculous empyema: a statement of the subcommittee on surgery. Am Rev Respir Dis. 1962;85:935-6. tem como tratamento preconizado a decorticação pulmonar,33 Scarci M, Abah U, Solli P, Page A, Waller D, van Schil P, et al. EACTS expert consensus statement for surgical management of pleural empyema. Eur J Cardiothorac Surg. 2015;48(5):642-53. https://doi.org/10.1093/ejcts/ezv272
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que é uma cirurgia de grande porte com alto trauma cirúrgico e morbidade/mortalidade consideráveis, principalmente em pacientes com comorbidades crônicas ou idade avançada.44 Schweigert M, Solymosi N, Dubecz A, Fernández MJ, Stadlhuber RJ, Ofner D, Stein HJ. Surgery for parapneumonic pleural empyema--What influence does the rising prevalence of multimorbidity and advanced age has on the current outcome? Surgeon. 2016;14(2):69-75. https://doi.org/10.1016/j.surge.2014.05.002
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Uma opção menos invasiva para o tratamento do empiema fase III é a pleurostomia classicamente descrita por Eloesser.55 Eloesser L. An operation for tuberculous empyema. Chest. 1935;1(8):8-9, 23. https://doi.org/10.1378/chest.1.8.8
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A pleurostomia apresenta a vantagem de ser uma cirurgia de menor porte, com uma boa efetividade no que concerne a resolução do quadro infeccioso. Todavia, o procedimento por si só é considerado mutilante uma vez que depende da confecção de um grande stoma, geralmente envolvendo uma área de 12 × 12 cm e ressecção de pelo menos dois arcos costais (três arcos costais na maior parte dos casos). O fechamento desse stoma pode durar anos ou requerer cirurgia adicional. Além disso, mesmo com o fechamento da pleurostomia, a anatomia da caixa torácica fica profundamente alterada.

O curativo a vácuo foi inicialmente investigado por Morykwas et al. em 1997.66 Morykwas MJ, Argenta LC, Shelton-Brown EI, McGuirt W. Vacuum-assisted closure: a new method for wound control and treatment: animal studies and basic foundation. Ann Plast Surg. 1997;38(6):553-62. https://doi.org/10.1097/00000637-199706000-00001
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O trabalho original deriva de estudos com pressão negativa que sugeriram melhora da cicatrização.77 Lambert KV, Hayes P, McCarthy M. Vacuum assisted closure: a review of development and current applications. Eur J Vasc Endovasc Surg. 2005;29(3):219-26. https://doi.org/10.1016/j.ejvs.2004.12.017
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Os primeiros dados mostraram que a pressão negativa aumentava o fluxo sanguíneo e a hiperemia local.88 Greer SE. Whither sub atmospheric dressing? Ann Plast Surg. 2000;45(3):332-4; discussion 335-6. https://doi.org/10.1097/00000637-200045030-00019
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Atualmente, o curativo a vácuo é uma terapia amplamente aceita para o tratamento de diversos tipos de feridas infectadas.99 Willy C, Agarwal A, Andersen CA, Santis G, Gabriel A, Grauhan O, et al. Closed incision negative pressure therapy: international multidisciplinary consensus recommendations. Int Wound J. 2017;14(2):385-398. https://doi.org/10.1111/iwj.12612
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Uma recente revisão sistemática1010 Janssen AH, Mommers EH, Notter J, de Vries Reilingh TS, Wegdam JA. Negative pressure wound therapy versus standard wound care on quality of life: a systematic review. J Wound Care. 2016;25(3):154, 156-9. https://doi.org/10.12968/jowc.2016.25.3.154
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concluiu que a qualidade de vida é inicialmente impactada, notadamente na primeira semana, provavelmente pela ansiedade gerada pela presença constante do aparelho; porém, ao final da terapia, os resultados em relação à qualidade de vida são superiores aos do grupo controle.

Dentre as indicações intracavitárias do curativo a vácuo, estudos apontam sua utilização para o tratamento de diverticulite perfurada, peritonite e sepse abdominal, demonstrando não somente a segurança do uso do curativo a vácuo em contato com as vísceras, como também a eficácia da técnica.1111 Perathoner A, Klaus A, Mühlmann G, Oberwalder M, Margreiter R, Kafka-Ritsch R. Damage control with abdominal vacuum therapy (VAC) to manage perforated diverticulitis with advanced generalized peritonitis--a proof of concept. Int J Colorectal Dis. 2010;25(6):767-74. https://doi.org/10.1007/s00384-010-0887-8
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,1212 Bleszynski MS, Chan T, Buczkowski AK. Open abdomen with negative pressure device vs primary abdominal closure for the management of surgical abdominal sepsis: a retrospective review. Am J Surg. 2016;211(5):926-32. https://doi.org/10.1016/j.amjsurg.2016.01.012
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No tórax, a indicação mais bem estabelecida é sua aplicação para o tratamento da mediastinite pós-cirurgia cardíaca.1313 Sjögren J, Malmsjö M, Gustafsson R, Ingemansson R. Poststernotomy mediastinitis: a review of conventional surgical treatments, vacuum-assisted closure therapy and presentation of the Lund University Hospital mediastinitis algorithm. Eur J Cardiothorac Surg. 2006;30(6):898-905. https://doi.org/10.1016/j.ejcts.2006.09.020
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Uma revisão publicada em 20131414 Yu AW, Rippel RA, Smock E, Jarral OA. In patients with post-sternotomy mediastinitis is vacuum-assisted closure superior to conventional therapy? Interact Cardiovasc Thorac Surg. 2013;17(5):861-5. https://doi.org/10.1093/icvts/ivt326
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concluiu que, para pacientes com mediastinite pós-cirurgia cardíaca, o curativo a vácuo é mais bem tolerado pelo paciente por evitar a troca diária de curativos, promovendo granulação e cicatrização mais rapidamente e redução do tempo de internação.

O uso do dispositivo intrapleural foi primeiramente direcionado para acelerar o fechamento de pleurostomias. Um estudo retrospectivo de 20091515 Sziklavari Z, Ried M, Neu R, Schemm R, Grosser C, Szöke T, et al. Mini-open vacuum-assisted closure therapy with instillation for debilitated and septic patients with pleural empyema. Eur J Cardiothorac Surg. 2015;48(2):e9-16. https://doi.org/10.1093/ejcts/ezv186
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comparou 11 pacientes tratados por empiema pleural através de pleurostomia associada com a colocação de curativo a vácuo com 8 pacientes tratados por pleurostomia com cuidados padrão. Todos os pacientes do grupo submetido ao curativo a vácuo tiveram boa resposta e puderam ter a pleurostomia fechada espontaneamente ou por flap muscular. Já no grupo controle apenas 2 pacientes apresentaram o fechamento do stoma em um ano de seguimento. Além disso, 4 óbitos ocorreram no grupo controle.

Outra possibilidade de aplicação intratorácica dessa técnica é como adjuvante no tratamento de empiema após pneumonectomia. Um estudo compilando dados de 9 trabalhos concluiu que o uso do vácuo nesses casos pode diminuir a morbidade e o tempo de internação.1616 Haghshenasskashani A, Rahnavardi M, Yan TD, McCaughan BC. Intrathoracic application of a vacuum-assisted closure device in managing pleural space infection after lung resection: is it an option? Interact Cardiovasc Thorac Surg. 2011;13(2):168-74. https://doi.org/10.1510/icvts.2011.267286
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Recentemente Hofmann et al.1717 Hofmann HS, Neu R, Potzger T, Schemm R, Grosser C, Szöke T, et al. Minimally Invasive Vacuum-Assisted Closure Therapy With Instillation (Mini-VAC-Instill) for Pleural Empyema. Surg Innov. 2015;22(3):235-9. https://doi.org/10.1177/1553350614540811
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descreveram uma técnica minimamente invasiva utilizando um dispositivo de curativo a vácuo que pode ser utilizado como alternativa à pleurostomia em pacientes com empiema pleural fase III. Como vantagens, a técnica não requer a ressecção de arco costal, tornando o procedimento menos danoso do ponto de vista estético e funcional. Além disso, o tempo de fechamento da pleurostomia, que pode ser considerado também como o tempo para a resolução do quadro, parece ser menor com o uso dessa técnica minimamente invasiva. A desvantagem apontada é a eventual necessidade de troca do curativo, bem como o custo elevado pelo uso do curativo a vácuo.

O mesmo grupo1515 Sziklavari Z, Ried M, Neu R, Schemm R, Grosser C, Szöke T, et al. Mini-open vacuum-assisted closure therapy with instillation for debilitated and septic patients with pleural empyema. Eur J Cardiothorac Surg. 2015;48(2):e9-16. https://doi.org/10.1093/ejcts/ezv186
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descreveu uma série maior, composta de 15 pacientes com empiema pleural, de etiologia parapneumônica, pós-operatório ou recorrente, tratados com a aplicação de curativo a vácuo intrapleural sem o uso de pleurostomia. Como critério de entrada foi utilizado um índice de Karnofsky inferior a 50%, denotando a debilidade desse grupo de pacientes; excluíram-se casos com fistula aérea. O dispositivo empregado foi um modelo que promove o vácuo e também aplica solução antibiótica. Dentre os casos, 7 foram de empiema pós-operatório. O resultado geral demonstrou resolução do quadro em 11 pacientes, óbito em 1, recorrência em 1 e necessidade de conversão para pleurostomia em 2. Os autores concluíram que, considerando a gravidade daquele grupo de pacientes, o uso do vácuo intrapleural propicia uma boa resposta, com pequena morbidade e ausência de deformidades devido à pleurostomia.

Apesar dos bons resultados demonstrados por esses estudos, não há estudos comparativos entre a técnica advogada por Hofmann et al.1717 Hofmann HS, Neu R, Potzger T, Schemm R, Grosser C, Szöke T, et al. Minimally Invasive Vacuum-Assisted Closure Therapy With Instillation (Mini-VAC-Instill) for Pleural Empyema. Surg Innov. 2015;22(3):235-9. https://doi.org/10.1177/1553350614540811
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e a pleurostomia convencional no que tange a efetividade, tempo de duração do tratamento e incidência de complicações.

Nosso grupo responde pelo tratamento de um grande número de pacientes com empiema pleural em diversos níveis de gravidade. Consideramos essa alternativa, claramente menos invasiva que a pleurostomia, como um item importante a ser inserido em nosso arsenal terapêutico, desde que a segurança e a eficácia fossem semelhantes. A presente comunicação breve objetiva expor o resultado inicial da série de casos tratados com curativo a vácuo em 3 pacientes, discutindo a eficácia e a segurança do procedimento, bem como detalhes sobre a técnica.

A técnica que padronizamos consiste em posicionar o paciente, sob anestesia geral, em decúbito contralateral ao hemitórax afetado, realizando uma incisão de 5-6 cm como uma minitoracotomia na área definida por TC como a de maior cavidade. Os músculos intercostais são seccionados e a cavidade pleural invadida. Para facilitar a limpeza utilizamos uma ótica de vídeo de 10 mm (30°) e realizamos aspiração de secreção e remoção de debris com pinças e aspirador; todavia, salientamos que não é realizada uma tentativa de decorticação para não resultar na criação de escape aéreo (uma possível contraindicação para o uso de vácuo). A cavidade é lavada com solução salina, cujo volume infundido serve na mensuração. Na sequência, a esponja do curativo a vácuo é introduzida na cavidade com o cuidado de proteger a pele, o músculo e o tecido celular subcutâneo. Externamente o curativo é selado com película adesiva. Por fim, esse é conectado ao tubo do dispositivo de vácuo. O nível de sucção é definido em −125 mmHg (Figura 1). Os pacientes são tratados em paralelo com antibioticoterapia padrão, orientada por culturas. As trocas são realizadas em 4-7 dias - nos casos aqui relatados, todas foram realizadas no 4º dia pós-operatório - sendo que a técnica consiste em remover a esponja, lavar a cavidade, mensurar seu volume com salina e recolocar a esponja conforme descrito acima. Os parâmetros que utilizamos para indicar o fechamento são a condição local avaliada nas trocas de curativos e a melhora clínica. Para o fechamento, retiramos a esponja, lavamos e obliteramos a cavidade com salina acrescida de gentamicina (em um procedimento similar ao descrito por Clagett)33 Scarci M, Abah U, Solli P, Page A, Waller D, van Schil P, et al. EACTS expert consensus statement for surgical management of pleural empyema. Eur J Cardiothorac Surg. 2015;48(5):642-53. https://doi.org/10.1093/ejcts/ezv272
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e fechamos a pele. Não é utilizado o sistema de vídeo para a troca e para o fechamento.

Figura 1
Fotografias relacionadas à técnica: Em A, incisão; em B, esponja “recortada” para melhor adaptação na cavidade pleural; em C, sistema conectado e ligado com pressão de −125 mmHg; e em D, aspecto final após 15 dias de fechamento.

Descrevemos a seguir os três casos:

Caso 1: paciente masculino, 20 anos de idade, diagnosticado com empiema secundário a hemotórax retido. Foi submetido a minipleurostomia com colocação de curativo a vácuo, com troca do curativo no 4º dia pós-operatório e fechamento da minipleurostomia no 7º dia pós-operatório. Houve redução da cavidade residual de 200 ml para 30 ml; alta hospitalar no 8º dia pós-operatório. Estava assintomático no retorno ambulatorial após seis meses.

Caso 2: paciente masculino, 44 anos, com diagnóstico de empiema parapneumônico sem melhora do quadro após drenagem torácica fechada. Foi submetido a minipleurostomia com colocação de curativo a vácuo. Foram realizados a troca do curativo no 4º dia pós-operatório e o fechamento da minipleurostomia no 7º dia pós-operatório, com redução de cavidade residual de 500 ml para 100 ml. Recebeu alta no 8º dia pós-operatório, assintomático, e retornou sem queixas em três meses.

Caso 3: paciente masculino, 66 anos, com diagnóstico de empiema parapneumônico. Foi submetido a minipleurostomia com colocação de curativo a vácuo. Foram realizados a troca do curativo no 4º dia pós-operatório e o fechamento da minipleurostomia no 7º dia pós-operatório, com redução da cavidade residual de 300 ml para 60 ml. Recebeu alta no 11º dia pós-operatório após completar 7 dias de antibioticoterapia. Retornou sem queixas após dois meses.

Conseguimos o objetivo primário de resolução do quadro infeccioso em todos os casos. O tempo de internação após o procedimento variou de 8 a 11 dias, sendo que o uso de antibióticos foi descontinuado em 7 dias em todos os casos. O menor tempo de seguimento foi de dois meses, e o paciente não apresentava nenhum sinal de recidiva da infecção. Uma característica que observamos, ao contrário da expectativa inicial, foi que o curativo a vácuo não conseguiu obliterar totalmente a cavidade; todavia, o mesmo parece promover o rápido saneamento da cavidade, o que permite o fechamento mesmo com espaço residual (Figura 2).

Figura 2
TCs de tórax iniciais (pré-operatório) e radiografias de tórax finais (pós-operatório) dos casos 1 (em A e B), 2 (em C e D) e 3 (em E e F), respectivamente.

Em relação à segurança, nenhum paciente evoluiu com quaisquer complicações que pudessem ser atribuídas ao procedimento ou ao dispositivo. A dor durante o uso do curativo, em todos os casos, foi controlada adequadamente por analgesia com opiáceos (tramadol ou codeína) e analgésicos comuns (dipirona). Nenhum paciente apresentou queixa de dor crônica na avaliação ambulatorial. Para evitar a reexposição à radiação e a redução dos custos, optamos por acompanhar os pacientes com radiografias simples de tórax, dispensando a TC pós-operatória.

A impressão obtida na observação desses três casos é a de que a técnica é factível, segura e de razoável eficácia. Certamente essa pequena experiência, mesmo que associada aos estudos já publicados, não serve como evidência definitiva. Novos estudos, preferencialmente comparativos, são necessários para o real posicionamento dessa técnica no arsenal terapêutico contra o empiema pleural.

REFERENCES

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    Trabalho realizado no Instituto do Coração, Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo (SP) Brasil.
  • Apoio financeiro:

    Este estudo recebeu apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP, processo no. 15/133611-7).

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    25 Jun 2018
  • Data do Fascículo
    May-Jun 2018

Histórico

  • Recebido
    29 Maio 2017
  • Aceito
    30 Out 2017
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