OBJETIVO: Descrever a reprodutibilidade intra e interobservador da versão brasileira da escala de gravidade da fadiga (EGF) em pacientes com DPOC e verificar a presença de sua associação com parâmetros de função pulmonar, dispneia e capacidade funcional.
MÉTODOS: Estudo observacional de corte transversal no qual 50 pacientes com DPOC responderam a EGF em forma de entrevista a dois pesquisadores em duas visitas. Os escores da EGF foram correlacionados aos da escala Medical Research Council (MRC), VEF1, CVF e a distância percorrida no teste da caminhada de seis minutos (DTC6).
RESULTADOS: A média de idade dos pacientes foi de 69,4 ± 8,23 anos, enquanto a de VEF1 foi de 46,5 ± 20,4% do previsto. A EGF foi considerada reprodutível, com um coeficiente de correlação intraclasse de 0,90 (IC95%, 0,81-0,94; p < 0,01). Os escores da EGF mostraram correlações significantes com os da escala MRC (r = 0,70; p < 0,01), DTC6 (r = –0,77; p < 0,01), VEF1 (r = –0,38; p < 0,01), CVF (r = –0,35; p < 0,01) e a estágio da doença pela Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease (r = 0,37; p < 0,01).
CONCLUSÕES: A versão brasileira da EGF mostrou-se reprodutível para uso em pacientes com DPOC no Brasil e apresentou correlações significantes com a sensação de dispneia, capacidade funcional, função pulmonar e estágio da doença.
Fadiga; Doença pulmonar obstrutiva crônica; Reprodutibilidade dos testes; Avaliação; Estudos de validação