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Edema pulmonar pós-pneumonectomia

A pneumonectomia, embora seja tecnicamente simples, está associada a alta incidência de complicações (cerca de 60%). As complicações respiratórias correspondem a aproximadamente 15% deste total. A mortalidade global dessa cirurgia é de 8,6%, mas em presença de complicações respiratórias, a taxa de mortalidade chega a 30%. O edema pulmonar pós-pneumonectomia é uma complicação rara (3% a 5%), mas muito grave, sendo fatal na maioria dos casos. Foi descrito pela primeira vez há pouco mais de vinte anos mas, apesar da gravidade alarmante, pouco sabemos acerca de sua fisiopatologia, embora muitas hipóteses tenham sido levantadas. Uma vez instalado, nenhuma medida é comprovadamente eficaz no seu tratamento. Vários fatores de risco estão associados ao aparecimento do edema pulmonar pós-pneumonectomia, dentre os quais a sobrecarga hídrica, que foi o primeiro fator evitado. Entretanto, muitos trabalhos mostram não haver relação direta entre o volume recebido e o desenvolvimento do edema. A prevenção é a melhor forma de evitá-lo e deve ser realizada de maneira multifatorial, envolvendo toda a equipe médica, desde o momento da anestesia até os cuidados cirúrgicos e na terapia intensiva. No entanto, tão importante quanto a prevenção, é a suspeita clínica precoce, identificando os pacientes em risco para essa grave complicação.

Edema pulmonar; Pneumonectomia; Fatores de risco; Edema pulmonar


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