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Dessaturação em indivíduos saudáveis submetidos ao incremental shuttle walk test

OBJETIVO:

Determinar a probabilidade de dessaturação arterial em indivíduos saudáveis submetidos ao incremental shuttle walk test (ISWT).

MÉTODOS:

Foram estudados 83 indivíduos saudáveis, dos quais 55 eram homens (1 deles fumante) e 28 eram mulheres. Foram determinados VEF1 e VEF6 antes da realização do ISWT, assim como FC e SpO2 antes e depois do ISWT.

RESULTADOS:

As médias gerais foram as seguintes: idade, 35,05 ± 12,53 anos; índice de massa corporal, 24,30 ± 3,47 kg/m2; FC em repouso, 75,12 ± 12,48 bpm; SpO2 em repouso, 97,96 ± 1,02%; VEF1, 3,75 ± 0,81 L; VEF6, 4,45 ± 0,87 L; relação VEF1/VEF6, 0,83 ± 0,08 (sem restrição ou obstrução); distância percorrida no ISWT, 958,30 ± 146,32 m; FC pós-ISWT, 162,41 ± 18,24 bpm e SpO2 pós-ISWT, 96,27 ± 2,21% Em 11 indivíduos, houve um aumento da SpO2 após o ISWT, ao passo que em 17 houve uma queda de 4%. Não houve diferença estatística entre os grupos com e sem dessaturação após o ISWT no tocante às variáveis idade, gênero, VEF1, VEF6, VEF1/VEF6, SpO2 basal, distância percorrida no ISWT, FC e porcentagem da FC máxima. Nos indivíduos que apresentaram dessaturação, o índice de massa corporal foi maior (p = 0,01) e a SpO2 pós-ISWT foi menor (p = 0,0001).

CONCLUSÕES:

Indivíduos saudáveis podem apresentar dessaturação após o ISWT. O uso do ISWT para prever a presença de problemas respiratórios sutis pode ser enganador. Em indivíduos saudáveis, a dessaturação é um evento comum após o ISWT, assim como o é durante a atividade física intensa.

Testes de função cardíaca; Testes de função respiratória; Índice de massa corporal; Oximetria


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