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Uso de inaladores na população de adolescentes e adultos com diagnóstico médico autorreferido de asma, bronquite ou enfisema em Pelotas, RS* * Trabalho realizado no Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas (RS) Brasil.

OBJETIVO:

Avaliar as características dos usuários de dispositivos inalatórios e a prevalência de uso desses em adolescentes e adultos com diagnóstico médico autorreferido de asma, bronquite ou enfisema.

MÉTODOS:

Estudo de base populacional realizado em Pelotas, RS, incluindo 3.670 indivíduos com idade ≥ 10 anos, avaliados com um questionário.

RESULTADOS:

Aproximadamente 10% da amostra referiram pelo menos uma das doenças respiratórias investigadas. Entre esses, 59% apresentaram sintomas respiratórios no último ano, e, desses, apenas metade usou inaladores. O uso de inaladores diferiu significativamente de acordo com o nível socioeconômico (39% e 61% entre mais pobres e mais ricos, respectivamente; p = 0,01). Não houve diferença na frequência de uso de inaladores por sexo ou idade. Entre indivíduos com enfisema, o uso da combinação broncodilatador + corticoide inalatório foi mais frequente que o uso isolado de broncodilatador. Somente entre os indivíduos que referiram diagnóstico médico de asma e sintomas atuais, a proporção de uso de inaladores foi maior que 50%.

CONCLUSÕES:

Em nossa amostra, os inaladores foram subutilizados, e o tipo de medicamento usado por aqueles que referiram enfisema parece não estar de acordo com o preconizado em consensos sobre essa doença.

Inaladores dosimetrados; Asma; Doença pulmonar obstrutiva crônica; Bronquite; Enfisema; Inaladores de pó seco


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