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Métodos empregados na verificação da adesão à corticoterapia inalatória em crianças e adolescentes: taxas encontradas e suas implicações para a prática clínica

Adesão inadequada à corticoterapia inalatória é comum e contribui para um controle clínico insatisfatório, aumento da morbidade, mortalidade e dos custos do setor. Este artigo de revisão foi conduzido utilizando-se bancos de dados Medline, HighWire, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde e pesquisa direta, entre 1992 e 2008. Os métodos para avaliar a adesão, citados em ordem crescente de sua objetividade, são: relato do paciente ou seus familiares, julgamento clínico, pesagem da medicação, dispensação de medicação, dosadores eletrônicos e análise bioquímica (pouco utilizada). As taxas de adesão variaram de 30 a 70%. A adesão determinada pelo relato do paciente/familiares e julgamento clínico é reconhecidamente exagerada quando comparada à obtida através do dosador eletrônico. O clínico deve sempre lembrar que as taxas reais de adesão são menores do que as relatadas pelo paciente e isso deve ser considerado, se não houver bom controle da doença. A pesagem do spray quantifica a medicação e infere adesão, porém pode ocorrer esvaziamento deliberado e compartilhamento da medicação. A farmácia fornece datas de dispensação e recarga da medicação. Esta estratégia é válida e deveria ser utilizada em nosso meio. O uso de dosador eletrônico é o método mais acurado para avaliar adesão, ele fornece a data e horário de cada disparo na utilização da medicação, porém é oneroso. Os resultados obtidos com dosadores demonstraram que a adesão foi menor que a esperada. Melhorar o conhecimento do médico sobre a adesão do seu paciente e utilizar métodos acurados para acessá-la é um caminho a seguir.

Cooperação do paciente; Asma; Asma


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