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Periostina como um importante biomarcador do fenótipo inflamatório T2 em pacientes brasileiros com asma

RESUMO

Objetivo:

O objetivo deste estudo foi de avaliar o desempenho laboratorial da periostina associada a um painel de biomarcadores para identificar o fenótipo inflamatório de pacientes brasileiros com asma.

Métodos:

Foram avaliados 103 indivíduos brasileiros, incluindo 37 asmáticos e 66 controles não asmáticos. Ambos os grupos foram submetidos a análises de periostina sérica, níveis de eosinófilos no sangue periférico, a fração exalada de óxido nítrico (FeNO), IgE sérica total, leucotrieno E4 urinário e citocinas séricas.

Resultados:

Maiores níveis de periostina (p = 0,005), eosinófilos periféricos (p = 0,012), FeNO (p = 0,001), IgE total (p < 0,001) e IL-6 (p ≤ 0,001) foram encontrados nos pacientes asmáticos do que nos controles. As análises de biomarcadores pela curva ROC mostraram uma AUC superior a 65%. A periostina (OR: 12.550; IC 95%: 2.498-63.063) e a IL-6 (OR: 7.249; IC 95%: 1.737-30.262) se mostraram biomarcadores adequados da inflamação da asma. Eosinófilos periféricos, FeNO, IgE total, IL-6, TNF e IFN-g apresentaram correlação com características clínicas de gravidade em pacientes asmáticos. A periostina teve valores mais elevados na asma T2 (p = 0,006) e o TNF na asma não T2 (p = 0,029).

Conclusão:

O painel de biomarcadores proposto para a identificação do fenótipo inflamatório de pacientes asmáticos demonstrou bom desempenho. A periostina provou ser um importante biomarcador para a identificação da asma T2.

Palavras-chave:
Asma; Biomarcadores; Eosinofilia; Fenótipo

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