OBJETIVO: Avaliar a eficiência da tosse através do uso de duas manobras manuais de auxílio à tosse. MÉTODOS: Foram selecionados 28 pacientes portadores de distrofia muscular de Duchenne em uso de ventilação mecânica não-invasiva noturna e CVF < 60% do previsto. O pico de fluxo da tosse (PFT) foi medido, com o paciente sentado, em quatro momentos: com esforço expiratório máximo (EEM) de forma espontânea (basal), EEM associado à compressão torácica, EEM após empilhamento de ar com bolsa de ventilação e EEM com o uso dessas duas técnicas (técnica combinada). As três últimas medições foram realizadas em ordem aleatória. Os resultados foram comparados usando o teste de correlação de Pearson e ANOVA para medidas repetidas, seguido do teste post hoc de Tukey (p < 0,05). RESULTADOS: A idade média dos pacientes foi de 20 ± 4 anos, e a CVF média foi de 29 ± 12%. A média de PFT basal, com compressão torácica, com empilhamento de ar e com o uso da técnica combinada foi 171 ± 67, 231 ± 81, 225 ± 80, e 292 ±86 L/min, respectivamente. Os resultados com o uso da técnica combinada foram maiores que aqueles com o uso das duas técnicas separadamente [F(3,69) = 67,07; p < 0,001]. CONCLUSÕES: As técnicas de compressão torácica e de empilhamento de ar foram eficientes para aumentar o PFT. No entanto, a combinação dessas manobras teve um efeito aditivo significativo (p < 0,0001).
Distrofia muscular de Duchenne; Ventilação com pressão positiva intermitente; Tosse; Insuflação; Pico do fluxo expiratório