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Prognóstico de longo prazo da depressão geriátrica em relação à cognição e à integridade da substância branca: acompanhamento de dois casos

INTRODUÇÃO: A depressão geriátrica (DG) representa um dos mais frequentes transtornos psiquiátricos em ambulatórios especializados em idosos. OBJETIVO: Discutir a evolução da DG por meio de dois casos ilustrativos, destacando-se as variáveis relacionadas ao prognóstico da doença e à conversão para quadros cognitivos mais graves como demência vascular (DV). MÉTODOS: Os casos foram acompanhados por quatro anos com medidas do desempenho cognitivo, funcional, sintomas depressivos, juntamente com as alterações de estruturas cerebrais, como hiperintensidades da substância branca (HSB), dimensões hipocampais, e a integridade microestrutural da SB, por meio de imagens com tensor de difusão. RESULTADOS: Caso 1, com grave intensidade de HSB, evoluiu com piora cognitiva e funcional. Caso 2, com leve intensidade de HSB, evoluiu com melhora cognitiva após o tratamento da depressão. CONCLUSÕES: A existência de diferentes subtipos de DG, como apresentado neste relato, aponta para a heterogeneidade da fisiopatologia da DG, sugerindo um possível continuum entre depressão vascular (DpVa) e comprometimento cognitivo vascular (CCV).

Depressão tardia; depressão geriátrica; depressão vascular; cognição; ressonância magnética; tensor de difusão


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