RESUMO
Objetivos:
o estudo buscou avaliar o apego materno-fetal, os traumas na infância e as forças de caráter em mulheres que fizeram uso de crack durante a gestação, internadas em hospital público, em Porto Alegre.
Métodos:
foram entrevistadas 24 gestantes, em um delineamento transversal, e aplicados os instrumentos: Questionário sobre Traumas na Infância, Escala de Apego Materno-Fetal e Escala de Forças e Virtudes.
Resultados:
foi encontrado um grau médio ou alto de apego materno-fetal e alta frequência de traumas sofridos na infância, destacando-se abuso emocional e negligência física. Não houve associação significativa entre o vínculo materno fetal e a ocorrência de traumas na infância. As forças de caráter com maior escore foram: bravura, autenticidade e amor.
Conclusões:
Apesar das condições adversas, foi observado que as gestantes tinham um elevado apego materno-fetal. A identificação das forças de caráter que se destacaram pode ajudar para um tratamento mais efetivo dessas mulheres, sendo esta uma boa estratégia no planejamento de políticas de saúde pública.
PALAVRAS-CHAVE
Gestantes; crack; trauma infantil; apego materno-fetal; forças de caráter