RESUMO
Objetivos
Realizar a adaptação transcultural da Social Appearance Anxiety Scale (SAAS) para a língua portuguesa e estimar sua consistência interna em uma amostra de adultos jovens brasileiros.
Métodos
O processo de adaptação transcultural seguiu referências internacionais baseando-se em cinco etapas (tradução, síntese, retrotradução, avaliação de especialistas e pré-teste) para avaliar as equivalências idiomática, semântica, conceitual e cultural. A consistência interna foi estimada pelo coeficiente alfa ordinal (α).
Resultados
A versão em português foi apresentada com pequenas alterações em relação à original, mas isso não comprometeu o significado conceitual dos itens. Essa versão foi pré-testada em 30 adultos [mulheres = 56,7%; M idade = 26,0 (DP = 6,2) anos], que compreenderam bem o conteúdo. O tempo médio de preenchimento da escala foi de 4,6 (DP = 0,6) minutos. A consistência interna da escala foi boa (α = 0,95) quando aplicada em uma amostra de 80 adultos [mulheres = 51,2%; M idade = 28,0 (DP = 5,7) anos].
Conclusões
A versão em português da SAAS foi equivalente à original nas áreas idiomática, semântica e conceitual. Além dessas, a equivalência cultural foi atendida, pois a versão em português foi bem compreendida pelo público brasileiro. A consistência interna do instrumento foi adequada para a amostra. Os achados deste estudo podem ajudar pesquisadores e clínicos interessados em usar a SAAS em contexto brasileiro para rastrear sintomas característicos de ansiedade social devido à aparência física. Entretanto, antes de usar a SAAS em qualquer protocolo, é importante avaliar suas propriedades psicométricas, especialmente a validade de construto.
Ansiedade social; imagem corporal; adaptação; transcultural