RESUMO
Objetivo
Avaliar a dimensionalidade do Inventário de Depressão Beck (BDI).
Métodos
Trata-se de um estudo de validação envolvendo a participação de uma amostra de 786 estudantes de Ciências da Saúde (Medicina, Enfermagem, Psicologia) entre 18 e 27 anos, com idade média de 20,0 (DP = 1,9). Os participantes completaram o BDI de 21 itens. A consistência interna foi calculada (alpha de Cronbach e ômega de McDonald's) e a dimensionalidade foi demonstrada usando análise confirmatória fatorial (ACF).
Resultados
A medida Kaiser--Meyer-Olkin (KMO) da adequação da amostragem foi alta (0,898) e o teste de esfericidade de Bartlett foi excelente (qui-quadrado 3,102.60; df = 210; p < 0,001). Foram utilizados modelos uni, bi e tridimensionais. O modelo unidimensional foi o que melhor se apresentou estatisticamente, representando 24,8% da variância total, alta consistência interna, alpha de Cronbach de 0,83 e omega de McDonald's de 0,84. No entanto, o CFA não se ajustou adequadamente (qui-quadrado = 583,79; gl = 189; p < 0,001, RMSEA = 0,052, IC 90% 0,047-0,056, CFI = 0,87, TLI = 0,85 e SMSR = 0,04).
Conclusões
O modelo unidimensional mostrou-se como melhor solução, apresentando alta consistência interna. No entanto, seu ajuste no CFA não é aceitável.
Palavras-chave
Estudantes; universidades; depressão; estudos de validação