RESUMO
Objetivo
Identificar potenciais preditores clínicos e epidemiológicos de resposta terapêutica ao uso prolongado de lítio.
Métodos
Um total de 40 pacientes adultos em tratamento ambulatorial em um hospital universitário, com diagnóstico confirmado de transtorno afetivo bipolar e história de pelo menos seis meses de uso de lítio, teve sua resposta a essa medicação avaliada com a utilização de um instrumento padronizado. A escala ALDA leva em consideração informações clínicas obtidas de forma retrospectiva, em nosso estudo, por meio de minuciosa revisão dos prontuários médicos, para julgar a melhora clínica obtida com o tratamento (Critério A), corrigida pela identificação de possíveis fatores confundidores, tais como duração do tratamento, adesão e uso concomitante de outras drogas (Critério B), de forma a estimar a resposta que pode ser atribuída especificamente ao uso do lítio.
Resultados
Nosso estudo encontrou uma relação inversa entre o número de episódios de humor com a presença de sintomas psicóticos e o desfecho no tratamento com lítio.
Conclusão
Esses resultados reforçam a hipótese de que o lítio parece ser menos eficaz em pacientes com transtorno afetivo bipolar que manifestam sintomas psicóticos.
Transtorno bipolar; transtornos psicóticos; lítio; resultado do tratamento; tabaco