RESUMO
Objetivo:
Compreender melhor de que forma a terapia com antipsicóticos injetáveis de ação prolongada (IAP) é percebida pelos pacientes.
Métodos:
Uma pesquisa por estudos qualitativos foi conduzida em PubMed, Google Scholar, PsycINFO e PsyArticles, resultando em 11 estudos adequados para desenvolver uma revisão de estudos qualitativos. A abordagem escolhida foi a metaetnografia, seguindo as recomendações da diretriz ENTREQ. Conceitos-chave comuns aos diferentes estudos foram extrapolados e analisados de forma sistemática e comparativa.
Resultados:
Alguns problemas recorrentes foram associados aos IAPs, como medo de coerção, medo de agulhas e falta de conhecimento sobre a terapia com medicação depot. Esses tópicos se conectam uns aos outros: os pacientes mais preocupados com as desvantagens dos IAPs são os menos informados a seu respeito ou aqueles que passaram por coação e traumas durante a hospitalização. Por outro lado, os pacientes que já receberam IAPs e aqueles que apresentam boa relação terapêutica com seus prestadores de assistência médica demonstraram satisfação com essa forma de tratamento e sua continuidade.
Conclusão:
Os antipsicóticos injetáveis de ação prolongada são um instrumento para a gestão de transtornos mentais e uma alternativa viável à medicação oral. Pacientes demonstram curiosidade em relação a esse método de administração, mas a falta de conhecimento é um fator comumente encontrado. A tomada de decisão compartilhada sobre o uso de antipsicóticos IAPs requer que os pacientes recebam informações precisas e apoio em suas decisões em relação à medicação.
PALAVRAS-CHAVE
Antipsicóticos; IAP; injetável de ação prolongada; depot; pesquisa qualitativa