RESUMO
Objetivos
Avaliar os efeitos de empoderamento do internato em saúde mental (SM) na autoconfiança (AC) dos alunos de Medicina.
Métodos
Uma versão adaptada para a saúde mental do “Questionário de Preparação para Prática Hospitalar” foi aplicada antes, depois e seis meses após o internato.
Resultados
Cento e dez alunos participaram e quatro fatores foram extraídos: “Elaboração diagnóstica e cuidados básicos” (F1), “Gestão e prevenção de crise” (F2), “Determinantes externos de adoecimento” (F3) e “Sofrimento pessoal com a clínica” (F4). Treinamento prévio em SM é incomum (9,09%), mas foi associado com pontuações mais altas em F2 (p = 0,05 e 6m p = 0,03). Tratamento prévio em SM (42,16% dos alunos) foi associado a valores mais altos em F2 (p < 0,01) e F3 (p = 0,03) antes, mas apenas em F3 (p < 0,01) após o curso. O gênero masculino apresentou valores mais positivos que o feminino em F4 (p < 0,01) antes, mas não após o curso, quando apresentaram valores mais baixos em F1 (após p = 0,02, 6m p = 0,01). Todos os fatores apresentaram valores mais altos após o curso (p < 0,001). Os alunos consideraram o uso de uma entrevista estruturada muito importante para sua autoconfiança e qualidade da assistência (média > 9,0/10,0).
Conclusão
O internato em SM aumentou a AC nos alunos. Treinamento prévio e gênero estiveram associados com efeitos duradouros na AC.
Alunos de Medicina; psiquiatria comunitária; autoconfiança; internato; preceptoria