Agüera et al. (2012)13, Espanha |
P < 0.0005 no EDI-2 |
22 sessões de TCC ocorridas semanalmente Sem informações sobre psicofármaco |
Não houve |
Grupo |
Diminuição dos comportamentos de compulsão alimentar e psicopatologia de TA |
Bulik et al. (2012)10, EUA |
Não relatado |
16 sessões de 1h30 durante 20 semanas, sendo 12 sessões semanalmente e 4 quinzenalmente. Duas formas de intervenção: 1) CBT4BN (TCC na versão internet) e 2) CBTF2F (TCC em grupo face a face para BN. Medicação: Sim, porém não foi especificado quais |
Nos meses seguintes: 3, 6 e 12 após o fim do experimento |
Grupo |
A TCC do tipo: CBT4BN (internet) oferece aos participantes psicoterapia sem custos (tempo e financeiro) para deslocamento Porém, a pesquisa ainda estava em andamento |
Crow et al. (2009)26, EUA |
Abstinência por um ano, acompanhado pelos resultados do EDE |
20 sessões de TCC em 16 semanas, tanto face a face quanto por telemedicina |
Após 1 ano |
Individual |
Telemedicina custa menos ($ 7030,40) que o face a face ($ 9324,68), com efetividade similar |
Delinsky e Wilson (2010)27, EUA |
Resultados no EDE-Q |
20 sessões de TCC e exposição ao espelho (em 4 sessões) |
Não |
Individual |
Diminuição dos episódios de compulsão alimentar e de indução de vômito pelo EDE-Q. Sem alteração no IMC |
Ertelt et al. (2011)28, EUA |
Não relatado |
20 sessões de TCC por 16 semanas, tanto face a face como via telemedicina |
Não |
Individual |
Os autores perceberam diferença na técnica utilizada entre telemedicina e face a face, sendo esta última com melhores avaliações dos pacientes. Os terapeutas também diferenciaram significativamente os objetivos atingidos na terapia, sendo a face a face mais positiva para este grupo. O mesmo ocorreu em relação ao vínculo. Enquanto os pacientes classificam os fatores terapêuticos como mais importantes do que os terapeutas fazem. Não perceberam diferença na utilização da técnica, nos objetivos atingidos nem no vínculo. Os pacientes aceitam melhor a terapia do tele do que os terapeutas |
Graham e Walton (2011)15, Reino Unido |
Redução de sintomas (vômitos, dieta, compulsão alimentar) |
40 sessões no total da equipe multidisciplinar, sendo 8 sessões realizadas com CD-ROM utilizando a abordagem TCC, 1 sessão por semana, totalizando 8 semanas, 51% utilizavam antidepressivos |
2 semanas depois e 1 ano após o término (este último com somente 12 pessoas) |
Individual |
Diminuição significativa de vômitos e dietas. Houve melhoras clínicas no funcionamento, bem-estar e na escala de resolução de problemas. Porém, não é tão efetivo para pacientes com sintomas graves, medidos pelo EDI-3 |
Hardy e Thiels (2009)21, Alemanha |
Severidade e diminuição de sintomas de TA, utilizando o BITE, de depressão utilizando o BDI e aumento do autoconceito positivo no SCQ |
Grupo 1; Autoguia (baseado em TCC) – 8 sessões no total, ocorrendo a cada 2 semanas (quinzenalmente) Grupo 2: TCC tradicional – 16 sessões, 1 vez por semana Nenhum paciente utilizava medicação. Uma paciente realizava psicoterapia psicodinâmica |
3 e 6 meses após o término da intervenção |
Individual |
Os sujeitos em TCC melhoraram mais rápido que os do autoguia. Os dois grupos obtiveram melhoras dos sintomas. Os dois grupos obtiveram menores sintomas de depressão. Porém, somente no autoguia essa diferença foi significativa e continuando a diminuir os sintomas no pós-tratamento. Aparentemente, no autoguia as melhoras continuam mesmo após o tratamento |
Haslam et al. (2011)16, Reino Unido |
Comer compulsivo e purgação (vômito, laxantes) |
TCC tradicional para bulimia nervosa |
Não houve |
Individual |
Diminuição de compulsão alimentar e da quantidade de vômitos, significante da sessão 1 para a sessão 6. Há forte associação entre a diminuição dos escores no EDE-Q e a diminuição do comer compulsivo. Mudança precoce de comportamento alimentar na TCC é um preditor de prognóstico positivo no tratamento de BN |
Jones e Clausen (2013)22, Dinamarca |
Sintomas bulímicos (compulsão alimentar, vômitos autoinduzidos, uso de laxantes, exercícios físicos extenuantes, restrição alimentar) e angústia em relação à BN (preocupação com a forma corporal, com o peso e com a alimentação) |
Oito sessões de TCC baseadas no Manual de Toronto, semanais com 1h30 de duração, além de intervenção com fisioterapeuta para consciência corporal |
Não |
Grupo |
Em todos os sintomas escolhidos (bulímicos e de angústia) foram encontradas diferenças significativas no pré e pós-tratamento, além de aumento significativo no IMC |
Katzman et al. (2010)17, Reino Unido |
IMC, comer compulsivo, uso de laxantes/diuréticos e vômitos |
A abordagem foi realizada de 3 formas. Grupo 1 (MET-I) recebeu 4 sessões individuais de MET (encontros motivacionais) + 8 sessões individuais de TCC. Grupo 2 (MET-G) recebeu 4 sessões individuais de MET + 8 sessões em grupo de TCC. Grupo 3 (CBT-G) recebeu 4 sessões individuais de TCC + 4 sessões em grupo de TCC. Alguns pacientes faziam uso de antidepressivo, mas esse dado não foi avaliado |
Um ano e 2,5 anos após o término da intervenção |
Individual e em grupo |
Foi encontrado alto nível de comorbidade da BN com o uso de álcool e drogas ilícitas. Não houve diferença entre os grupos em relação ao abandono, à aderência e à manutenção do tratamento |
Marrone et al. (2009)29, EUA |
Percentual de diminuição de comer compulsivo e de purgação (vômito, abuso de laxantes e abuso de diuréticos) |
20 sessões individuais de TCC em 16 semanas em 2 grupos: face a face e telemedicina |
3 meses e 1 ano após o tratamento |
Individual |
Os resultados sugerem que a diminuição do comer compulsivo, da purgação e da compulsão alimentar na semana 6 é preditor da resposta ao tratamento no follow-up tanto face a face como via telemedicina. No grupo de telemedicina a diminuição do comer compulsivo na semana 6 foi representativa para predizer a diminuição de sintomas no follow-up
|
McClay et al. (2013)18, Reino Unido |
Pensamentos, sentimentos e comportamentos em relação à comida gravados em uma entrevista semiestruturada |
Oito sessões de TCC pela internet e interativa, com o apoio de profissional não especialista em TCC e de e-mails semanais |
Não houve |
Individual |
Os pacientes possuem sentimentos negativos em reação aos TA. Questões práticas (como tempo de viagem para a terapia e faltas ao trabalho) e a prontidão para a mudança foram apontadas como importantes para o tratamento online. Com a terapia online, passaram a entender melhor o TA. Sobre o método, afirmaram que a parte negativa foi o programa não ser específico para elas. O trabalho do profissional de apoio foi valorizado; ele foi responsável por aumentar a motivação, mesmo não sendo especialista em TA |
McIntosh et al. (2011)24, Nova Zelândia |
Comer compulsivo, autoindução de vômito e purgação nas últimas 2 semanas |
Oito sessões em 6 semanas de TCC individual para todos. E posteriormente divididas em 3 grupos (com 8 sessões em 6 semanas): RELAX, B-ERP (pré - compulsão) e P-ERP (pré-purgação). Com o mesmo terapeuta acompanhando todas as fases |
Seis meses, 1, 2, 3, 4 e 5 anos após o término da intervenção |
Individual |
Os efeitos da B-ERP foram melhores que os das outras intervenções, mesmo sendo modestos. Ao fim, essas pacientes tiveram menor restrição alimentar e melhor funcionamento global, que desapareceu em 3 anos de seguimento. Após 5 anos, não houve diferença entre os três grupos de intervenção |
Mitchell et al. (2011)30, EUA |
Frequência de compulsão alimentar e de comportamentos compensatórios (purgação) nos últimos 28 dias |
Dois grupos: 1) TCC individual com 20 sessões em 18 semanas. 2) Stepped Care – (cuidados de autoajuda ajustados por etapas de intervenções de baixa intensidade) por 18 semanas. Nos dois tratamentos a fluoxetina foi adicionada quando após 6ª sessão não havia melhoras. Para os pacientes do grupo 2 que não alcançaram abstinência, foi adicionada a TCC posteriormente |
Um ano após o término da intervenção |
Individual |
Não houve diferença entre os dois tratamentos em relação à indução da recuperação (compulsão e purgação nos últimos 28 dias) ou remissão. Após 1 ano de seguimento o grupo 2 (Stepped Care) foi superior à TCC |
Peñas-Lledó et al (2013)14, Espanha |
Não relatado |
Foi composta de 22 sessões em grupo (com 8 a 10 pacientes) de TCC por 1h30, durante 20 semanas. Sendo 2 vezes por semana, nas 2 primeiras semanas; as primeiras 6 sessões foram de psicoeducação e as restantes, de TCC |
Não |
Grupo (8 a 10 pessoas) |
O abandono da terapia foi maior nos pacientes com BN do tipo depressiva do que nos pacientes de direcionamento puramente para emagrecimento |
Pretorius et al. (2009)19, Reino Unido |
Diminuição do comer compulsivo, dos vômitos, do uso de laxantes e no escore global no EDE e medida do IMC |
Todos os participantes: advindos das clínicas ou dos grupos de apoio (beat) receberam o mesmo tratamento. Oito sessões de TCC por internet. Cada sessão durando em média de 30 a 40 minutos. Livro de atividades: “Anxiety Control Training – ACT”; mensagens eletrônicas para os participantes e seus pais, atuando como boletins e possibilidade de contato por e-mail com um terapeuta experiente em TA |
Três meses e 6 meses após o término da intervenção por telefone. |
Individual Família (opcional) |
As melhoras ocorreram no comer compulsivo, nos episódios de vômito e no escore geral do EDE e esses resultados se mantiveram no follow-up de 3 e 6 meses. A percepção dos usuários em relação ao programa foi positiva. Não houve diferença nos resultados de tratamentos entre os adolescentes oriundos das clínicas especializadas e os pacientes oriundos dos grupos de apoio |
Ruwaard et al. (2013)23, Holanda |
Diminuição no escore no EDE-Q, da frequência do comer compulsivo e da purgação |
Foram 3 grupos: Grupo 1: TCC pela internet, programa de 20 semanas; Grupo 2: biblioterapia; este grupo recebeu uma cópia do livro: “Overcoming Bulimia and Binge Eating”, de Johan Vanderlinden, 2002, sem nenhum apoio de algum terapeuta; Grupo 3: lista de espera, por 20 semanas |
1 ano após a intervenção |
Individual |
A diminuição dos escores no EDE e no BAT foi significativa no grupo 1, tanto no pós-tratamento quanto no follow-up. No grupo 2 a diminuição dos sintomas no EDE foi significativa no follow-up. Na fila de espera a diminuição de sintomas foi mínima tanto no EDE como no BAT. Os participantes do grupo 1 avaliaram positivamente a experiência e a indicariam a outra pessoa (94%) |
Wagner et al. (2013)25, Áustria |
Diminuição do comer compulsivo e métodos de compensação (vômitos, uso de laxantes, jejuns e exercícios), chegando até a abstinência no follow-up |
Foram em 2 grupos. Grupo 1: guia de TCC pela internet, como autoajuda, com suporte de e-mail semanal durante 16 a 28 semanas; Grupo 2: biblioterapia convencional, sendo utilizado o livro “Getting Better Bit(e) by Bit(e)”, que é um manual de autoajuda baseado em TCC, com 7 capítulos, com suporte por e-mail semanal, durante 28 semanas |
Um ano e 6 meses (18 meses) após o término da intervenção |
Individual |
Nos 2 grupos houve diminuição da purgação e do comer compulsivo, durante e após o tratamento. Não houve diferença significativa entre eles |
Waller et al. (2013)20, Reino Unido |
Não relatado |
TCC durante 20 sessões de 1 hora semanal. Somente 9 pacientes estavam medicadas com antidepressivos |
Três semanas após o término da intervenção |
Individual |
Aproximadamente, 56% dos pacientes ficaram abstinentes tanto da compulsão alimentar como da purgação ao final do tratamento. Houve melhoras significativas no humor, atitudes e comportamentos alimentares. A desistência do tratamento foi baixa (10,3%) |
Wonderlich et al. (2013)31, EUA |
Frequência de comer compulsivo e de purgação, severidade da desordem da alimentação global |
Foram 2 grupos: Grupo 1: terapia integrativa cognitivo-afetiva (ICAT), que é uma terapia em 4 fases que enfatiza a promoção e a exposição ao comer adaptativo. Grupo 2: TCC para BN, também dividida em 4 estágios. Ambas em 21 sessões de 50 minutos por 19 semanas |
4 meses |
Individual |
Os 2 tratamentos (ICAT e TCC) obtiveram significante diminuição dos sintomas de BN, na dissonância cognitiva, na regulação emocional e nos sintomas das comorbidades, não se diferenciando |